Rumores de uma cultura mundializada: Reflexões sobre o filme Histórias Mínimas

Autores

  • Ludmila Lima Brandão UFMT

Resumo

Histórias Mínimas, do cineasta Carlos Sorín, que tem como cenário a Patagônia argentina, narra três histórias ligeiramente cruzadas entre habitantes da região em deslocamento entre a pequena vila de Fitz Roy e a cidade de San Julián. Este estudo, através do filme escolhido, tem por objetivo analisar, de um lado, o gênero cinematográfico conhecido como road movie e, de outro, o fenômeno da interculturalidade que o gênero parece favorecer. Apesar da atipicidade de Histórias Mínimas para as duas análises – do ponto de vista da escala dos deslocamentos o filme não pode ser considerado um road movie “clássico” e do ponto de vista das situações de interculturalidade ele também não pode ser rapidamente classificado como road movie intercultural −, o filme se revela compatível com o gênero, na medida em que apresenta a mesma matriz composicional e permite, ainda, a análise do fenômeno intercultural em sua forma moderna provocada pelos processos globalizadores e seus fluxos mundiais de imagens, idéias e tecnologias, além dos clássicos fluxos de dinheiro, mercadorias e pessoas. Palavras-chave: road movie, interculturalidade, mundialização

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Biografia do Autor

Ludmila Lima Brandão, UFMT

Ludmila Brandão é arquiteta e historiadora, doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, pós-doutorado em Crítica da Cultura pela Université d’Ottawa/Canadá. É Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea (ECCO/UFMT) e do Núcleo de Estudos do Contemporâneo (UFMT/CNPq). Publicou A catedral e a cidade (Cuiabá, EdUFMT, 1995) e A casa subjetiva: matérias, afectos e espaços domésticos (São Paulo, Perspectiva, 1ª. reimpressão 2008).

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Publicado

2010-07-24

Edição

Seção

Dossiê | Dossier