Direito e felicidade

um ensaio fenomenológico sobre direito e cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/ddem.v.3.n.15.69862

Palavras-chave:

Cultura, Jurista, Formação Intelectual, Felicidade

Resumo

O entendimento da presença de juristas, no meio social e intelectual, depende de uma clareza sobre a pessoa “por detrás” da capa utilizada para reconhecimento pelo grupo. Por isso, na modernidade, imprescindível para reconhecimento da atuação ajustada do estudioso, enquanto atuante no meio jurídico, clareza sobre o conceito de cultura e de formação intelectual. Nesta linha, há de se criticar a “opção hedonista” dos estudantes, quebrando a formação em busca da “aparência social”, bem como, superar as tensões determinantes do espírito de grupo – que afasta a pessoa de sua liberdade individual e de sua dimensão própria, negando a própria intimidade. A partir de tais clareamentos, nota-se a função precípua da felicidade, como comprazimento pessoal e racional do homem, diante do infinito e, portanto, de sua condição de definir julgamentos e apresentar soluções de maneira mais apropriada, ainda que tomado pelo caos do mundo e pelo barbarismo acadêmico.

Biografia do Autor

Tiago Tondinelli, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUC-RS - Porto Alegre

Possui graduação em Direito pela Universidade Estadual de Londrina (2002); Especialização em Filosofia moderna e contemporânea - aspectos éticos e políticos pela Universidade Estadual de Londrina (2003); Mestrado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (2004); Doutorado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2007); Pós-doutorado em Direito pelo Centro Universitário Eurípedes de Marília (2019); Pós-doutorado em Direito na UNIMAR, de Marília, SP (2024). Foi chefe de Gabinete do Ministro da Educação do Brasil no início de 2019 e Assessor Jurídico da Organização Social Roquete Pinto. É advogado, tendo exercido funções em advocacia pública e privada, sobretudo no Estado do Paraná, em causas de caráter tributário e administrativo, envolvendo demandas cíveis, trabalhistas, bem como na subárea de Direito Público: improbidade administrativa. Labora na análise, consultoria e execução de impugnações judiciais e extrajudiciais de licitações, no requerimento e confecções de repactuações e de revisões contratuais públicas. Foi Procurador Geral e Assessor Jurídico do Município de Cornélio Procópio, PR; Procurador do Município de Uraí, PR; professor em faculdades paranaenses, nas disciplinas Filosofia, Filosofia do Direito, Processo Civil, Direito Tributário e Direito Administrativo. Demais, atuou como docente de língua inglesa, no Instituto Minsky, Escola de Idiomas, promovendo aproximações técnicas e pedagógicas do ensinamento da língua inglesa com o de outros idiomas, tais como o francês, o italiano e o latim. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Filosofia Medieval, em Filosofia do Direito principalmente nos seguintes temas: conservadorismo e culturalismo, pensamento de Mário Ferreira dos Santos, pensamento de Leonardo Prota, traduções de textos medievais, em língua latina, apresentação dos grandes temas da Idade Média para a contemporaneidade. Foi homenageado com a Comenda "Ouro Verde", outorgada pela Lei 511/20 pelo Município de Cornélio Procópio, PR, sendo conselheiro efetivo do Centro de Estudos da Contemporaneidade - Instituto Memória - iniciando em dezembro de 2019. Exerceu o mandato como conselheiro no Conselho Nacional de Educação (CNE - 2020-2024 - DOU 10/07/2020).

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Publicado

2025-12-22

Como Citar

Tondinelli, T. (2025). Direito e felicidade: um ensaio fenomenológico sobre direito e cultura. Direitos Democráticos & Estado Moderno, 3(15), 50–72. https://doi.org/10.23925/ddem.v.3.n.15.69862