Da natureza ao diagnóstico do ‘mal-estar na civilização’ em Rousseau
DOI:
https://doi.org/10.23925/poliética.v2i1.17175Palabras clave:
Mal estar, Civilização, Barbárie, Natureza, Ilustração.Resumen
É notória a tese hostil que Jean-Jacques Rousseau levanta ao culto do progresso, inclusive, temática que perpassa por suas obras de forma contínua. Tornando-se, logo de entrada, uma figura destoante no chamado mundo da República das Letras, pois, ao ideário defendido pela maioria dos filósofos do século XVIII à exaltação do progresso das ciências e às artes e a crença de que a difusão do saber viria pôr fim às superstições, aos preconceitos, à ignorância, à infelicidade dos povos e tornaria os homens melhores, o filósofo responderia com um pessimismo, com uma desconfiança que desconcertaria não só seus contemporâneos, como também, o espírito otimista da época. São características como essas que permitem a Rousseau elaborar a crítica ao seu tempo, diagnosticando o mal-estar na civilização.