Entre o sexual e o sublime, o desejo: sobre repetição, perfectibilidade e representação em Freud
DOI:
https://doi.org/10.23925/poliética.v8i2.50886Palabras clave:
Freud, Desejo, Repetição, SublimaçãoResumen
Considerado por Freud em 1900 como a única força motriz do aparelho psíquico, o desejo passa a ser um conceito central em seu empreendimento metapsicológico. Pela definição do sonho como a “realização (disfarçada) de um desejo (reprimido)”, evidencia-se que o desejo primeiro tem de ser reprimido para, por meio de um disfarce, realizar-se oniricamente. Ora, isso implica uma complexidade componente do conceito de desejo em Freud. Visamos, pois, investigá-la. Pudemos definir o desejo em Freud como um conceito marcado pelo negativo: ele é impossível, indestrutível e infinito, assumindo a forma de um circuito diuturno no qual o indivíduo busca reaver com perfeição um determinado conjunto de representações. Sendo impossível atingir essa perfeição, o indivíduo parece fadado a contentar-se com uma série de substitutos somente similares ao original buscado. Notamos, porém, que através da sublimação o desejo parece ser capaz de atingir uma certa perfeição, embora restrita ao campo da representação.
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