A irregularidade da vida frente à idealização da saúde

Autores

DOI:

https://doi.org/10.23925/politica.v9i2.56847

Resumo

Trata-se de discutir a crítica de Georges Canguilhem à idealização da saúde, partindo de uma análise da visão recebida acerca das ideias de Descartes por teóricos da medicina ocidental. Veremos como Canguilhem encontrará na “doutrina positivista” uma retificação do determinismo cartesiano que, na prática clínica, operava de forma a instaurar processos de normatização dos indivíduos.  Sua crítica foi um esforço de superação da perspectiva racionalista e antropocentrista, presentes na ciência e na prática médica, e despertou questões fundamentais sobre a função do conceito de vida no interior das reflexões contemporâneas sobre o modelo biomédico; permitindo uma abertura ao sentimento filial; à percepção do doente como protagonista no processo de cura e ao entendimento da medicina como arte de cuidar.

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Biografia do Autor

Antonio Augusto Medeiros, UNIFESP

Graduando em Filosofia da Escola de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo - EFLCH/UNIFESP, São Paulo, Brasil. Membro-fundador e Diretor de Pesquisa da Liga Acadêmica de Filosofia da Saúde (LAFIS) vinculada ao Grupo de Estudos de Filosofia da Saúde UNIFESP/CNPq, São Paulo, Brasil.

Viviane Cristina Cândido, UNIFESP

Doutora em Ciências da Religião pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestra em Educação, graduada em Filosofia e Pedagogia. Docente adjunto e pesquisadora em Filosofia da Saúde – Centro de História e Filosofia das Ciências da Saúde – Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo – EPM/UNIFESP. Coordenadora do Grupo de Estudos de Filosofia da Saúde UNIFESP / CNPq, São Paulo, Brasil.

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Publicado

2021-12-17

Edição

Seção

Artigos