As Tentações de Santo Antão de Flaubert e a Questão da Experiência de Espiritualidade no Deserto
DOI:
https://doi.org/10.23925/politica.v9i2.56833Abstract
A obra de Gustave Flaubert As Tentações de Santo Antão foi objeto de leitura compartilhada nos encontros do Grupo de Estudos de Filosofia, Espiritualidade e Saúde, ligado ao Grupo de Estudos de Filosofia da Saúde – UNIFESP/ CNPq. O objetivo desse artigo é trazermos nossas reflexões sobre a experiência de Antão no deserto. O anacoreta egípcio viveu nos séculos III e IV e é considerado o Patriarca do monaquismo cristão. Para suportar décadas em total isolamento no deserto, atormentado sem tréguas pelas tentações provocadas por seus próprios demônios, Antão buscou forças em sua fé incondicional em Jesus. Para nos situarmos no momento histórico, iniciamos o artigo com a hagiografia resumida de Santo Antão, seguida por considerações sobre os primórdios do Cristianismo. Resgatamos experiências de deserto na tradição judaico-cristã e alguns aspectos do monaquismo cristão no deserto. Encerramos com comentários sobre o deserto em As Tentações de Santo Antão.