A Geodiversidade à luz da fenomenologia:
identidade e resistência no quilombo Itamatatiua, Alcântara – Maranhão
DOI:
https://doi.org/10.23925/politica.v12i3.68175Keywords:
Geodiversity. Phenomenology. Identity. Itamatatiua Quilombo.Abstract
The landscape is endowed with elements of geodiversity and imbued with societal relationships, encompassing human existence in time and space by
recording cultural and identity impressions of the communities. The Quilombola community of Itamatatiua, located in the municipality of Alcântara, has a landscape characterized by elements of geodiversity and biodiversity, intrinsically connected to the productive activities of the resident population. These are manifested through traditional extractive and agricultural culture, as well as religious, artistic, and leisure practices, such as the community's best-known festival in honor of Santa Tereza d'Ávila, which traditionally takes place in the area. To achieve the research objective, the study was designed based on the phenomenological method, focusing on understanding the importance of the abiotic elements used in ceramics production and
their relationship with the craftswomen and other community residents. The natural elements used in ceramics production, especially clay, are part of the geodiversity utilized by the craftswomen. Through the phenomenological approach, these elements are understood as being shaped by generations, endowed with history, tradition, culture, experience, and other attributes. These elements gain meaning by the residents who use
them in economic productive activities, in daily use and to integrate the formation of identity and strengthen the resistance of the quilombo.
References
ALMEIDA, Alfredo Wagner Berno de Almeida. Terras de preto, terras de santo,
terras de índio - uso comum e conflito. Belém: NAEA/UFPA, 1989. In. Brasil.
Ministério do Desenvolvimento Agrário. Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável. Brasil rural em debate: coletânea de artigos/ coord. Nelson Giordano
Delgado. Brasília: CONDRAF/MDA, 2010.
BAUMAN, Zygmunt. Identidade: entrevista a Benedetto Vecchi. Trad. Carlos
Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2005.
BANDEIRA, Arkley. Aproximações entre a Etnografia Arqueológica e os Modos de
Fazer na Comunidade Quilombola de Itamatatiua, Alcântara – Maranhão. Revista de
Arqueologia Pública. Campinas, SP. 2017.
BANDEIRA, Iris Celeste Nascimento. Geodiversidade do estado do Maranhão:
programa geologia do Brasil levantamento da Geodiversidade. Teresina: CPRM,
BRASIL. Fundação Cultural Palmares. Certificação Quilombola. 2018. Disponível
em: <http://www.palmares.gov.br/?page_id=37551> Acesso em: 10/10/2018.
D´ABBEVILLE, Claude. História da missão dos padres capuchinhos na ilha do
Maranhão e terras circunvizinhas. Belo horizonte: Editora e Livraria Itatiaia; São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1975
EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Sistema Brasileiro de
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3 a ed. Brasília, 2013.
FERREIRA, Jurandyr. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros. Rio de janeiro,
IBGE, 1959.
FERREIRA, Rosinete; GRIJÓ, Wesley. Eu E Tu Em Itamatatiua: Traços De Uma
Identidade Cultural. XIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste.
Rio de Janeiro, 2009.
GRIJÓ, Wesley; BERARDO, Rosa; MENDONÇA, Maria. A Identidade na
Comunidade Negra de Itamatatiua sob a Perspectiva dos Estudos Pós-Coloniais.
Faculdade de Comunicação/UFBA, Salvador-Bahia, 2009.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, p. 50-
, 1999.
HURSSEL, Edmund. A crise da humanidade europeia e a filosofia. 2 ed. Porto
Alegre: EDIPUCRS, 2002.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Cidades. 2017.Disponível
em:<https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ma/alcantara/historico>Acesso: 08/10/2018.
MARANHÃO. GEPLAN-LABOGEO-UEMA. Atlas do Maranhão. São Luís:
Labogeo, 2002.
MARQUES, Cesar Augusto. Dicionário histórico-geográfico da Província do
Maranhão. 3° ed. São Luís: Edições AML, 2008.
MARQUES, Cesar Augusto. Dicionário histórico-geográfico da Província do
Maranhão. Coleção São Luís: Ed. Fon-Fon e Seleta, 1970.
MEDEIROS, W. D. A.; OLIVEIRA, F. F. G. Geodiversidade, Geopatrimônio e
Geoturismo em Currais Novos, NE do Brasil. Mercator. Fortaleza, v. 10, n. 23, p. 59-
2011.
MEIRA, Suedio Alves; MORAIS, Jader Onofre de. Os Conceitos de Geodiversidade,
Patrimônio Geológico e Geoconservação: Abordagens Sobre o Papel da Geografia
no Estudo da Temática. v. 34, n. 3, p. 129-147. Maringá, 2016.
NASCIMENTO, Taiane. COSTA, Benhur. Fenomenologia e geografia: teorias e
reflexões. Geografia, Ensino & Pesquisa, v. 20, n. 3, 2016.
OOSTERBEEK, Luiz; REIS, Milena das Graças Oliveira. TERRAS DE PRETO EM
TERRAS DA SANTA: Itamatatiua e as suas dinâmicas quilombolas. Caderno de
Pesquisas. São Luís: UFMA, v. 19, n. 1, jan./abr. 2012.
PEREIRA R. G. F. A.; RIOS D. C.; GARCIA, P. M. P. Geodiversidade e Patrimônio
Geológico: ferramentas para a divulgação e ensino das Geociências. TerræDidatica,
(3):196-208. 2016.
SERRES, Michel. O Contrato Natural. Lisboa: Instituto Piaget, 1990
SOKOLOWSKI, Robert. Introdução à fenomenologia. Tradução de: Alfredo de O.
Moraes. São Paulo: Loyola, 2004.
SOUZA, Maria dos Reis Araújo; PINTO, Neuzeli Maria de Almeida. Lutas e
resistências da comunidade de Itamatatiua, Alcântara - MA no contexto cultural e
socioeconômico solidário. IX Jornada Internacional de Políticas Públicas.
Civilização ou Barbárie O Futuro da Humanidade. São Luís: PPGPP/UFMA, 2019
TOMAZELLO FILHO, M. Madeiras de Espécies Florestais do Estado do
Maranhão: I - Identificação e Aplicações. 4° Congresso Florestal Brasileiro, Belo
Horizonte, 1982.
VEIGA JÚNIOR, José Pessoa (Org). Programa Levantamentos Geológicos Básicos do
Brasil. São Luís NE/SE, Folhas SA.23-X e SA.23-Z. Estados do Maranhão e Piauí.
Escala 1:500.000. Brasília: CPRM, 2000.
VIEGAS, Josué; RODRIGUES, Taíssa; PEREIRA, Paulo. Sazonalidade da Dinâmica
Fluviolacustre e sua Influência na Paisagem da Bacia do Rio Pericumã, Maranhão-
Brasil. 2013. Disponível em:
<http://plutao.sid.inpe.br/rep/dpi.inpe.br/plutao/2013/05.31.17.23.51?languagebutton=pt
-BR> acesso em: 09/10/2018.