A Liberdade como Transição entre os Estados: de Rousseau a Kant
DOI:
https://doi.org/10.23925/poliética.v4i1.31407Resumo
Neste texto propomo-nos demonstrar o influxo de Jean-Jacques Rousseau sobre Immanuel Kant no que se refere a mudança no conceito de liberdade. Essa modificação ocorre na transição do estado de natureza para o estado de sociedade. Essa influência, além de ser parte da base conceitual dos filósofos, ascendeu de forma abrangente o pensamento idealista do século XIX. A prescrição deu-se em vários campos e, aqui, nos aproximaremos daquilo que foi proposto tanto pelo filósofo genebrino como pelo prussiano, na esfera da percepção de ambos sobre a transição entre os Estados, na prerrogativa de certa liberdade moral. Para isso, o texto buscará se apropinquar da descrição de um escopo político diferenciado (moral) no qual a ética sobressairá como pano de fundo. Por assim dizer, a ação moral em sua interação com o indivíduo transitará neste texto por meio de dois objetivos, quais sejam: debater a liberdade de forma a demonstrar como as ações humanas definem ou não o caráter social das pessoas e perceber o aspecto causal existente nos conceitos (e na percepção do fenômeno) de bem e de mal, aparentemente, apodíticos. Assim, procurar-se-á identificar a mudança conceitual sofrida pela liberdade durante o processo de transição entre os Estados.