Michel Foucault e a incursão ao cenário greco-romano como um reposicionamento estratégico

Autores

  • Fernanda Gomes da Silva Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/politica.v12i1.66971

Palavras-chave:

Michael Foucault, Cenário greco-romano, Filosofia, Política, Resistência

Resumo

Este artigo busca confrontar a interpretação de que Michel Foucault teria abandonado o campo político, ao voltar-se para o cenário greco-romano em seus últimos textos. Em outra direção, entendo esse recuo temporal como um reposicionamento estratégico que opera um duplo movimento. Ao mesmo tempo que vincula o seu trabalho à filosofia – entendida como prática modificadora de si –, empreende o esforço de pensar em uma saída para os resultados sufocantes das investigações genealógicas dos anos 1970, as quais mostraram que as formas tradicionais de luta, ação e resistência são atravessadas incessantemente por formas renovadas de poder. O recuo temporal na produção tardia de Foucault resulta, portanto, de acordo com a leitura proposta pelo artigo, de uma elaboração que emerge do diagnóstico de suas pesquisas anteriores e constitui uma radicalização do seu pensamento político.

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Biografia do Autor

Fernanda Gomes da Silva, Universidade de São Paulo

Pós-doutoranda no Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Doutora em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) com estágio doutoral na Université Paris Ouest Nanterre La Défense, ambos com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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Publicado

2024-07-22