Política e imanência

impossível e aparecer no Alain Badiou leitor de Marx

Autores

  • Gustavo Chataignier PUC-Rio; Paris 8

DOI:

https://doi.org/10.23925/politica.v12i4.68708

Palavras-chave:

Badiou, marxismo, acontecimento, imanência, sujeito

Resumo

O pensamento de Badiou se apropria da noção de “sujeito”, definido como efeito de um “acontecimento”. A releitura da ontologia como um matema neutro e vazio, capaz de mostrar o seu outro, isto é, o múltiplo, é desenvolvida na obra fundadora Ser e Acontecimento. A sobreposição entre acontecimento e sujeito orienta sua leitura da filosofia em geral e do marxismo em particular. Seu polêmico diálogo com o marxismo, a partir de Sobre a ideologia e a busca por “invariantes comunistas” na década de 1970, e sua tentativa de fazer justiça a uma política de emancipação independente do Estado e da forma partidária, o colocam no campo marxista. Apoiando-se em obras mais recentes, como A Hipótese Comunista, Alain Badiou pretende instituir uma política de ruptura inscrita na impossibilidade do desejo, dando ao marxismo um lugar dentro da filosofia com a ideia de um sujeito imanente.

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Biografia do Autor

Gustavo Chataignier, PUC-Rio; Paris 8

Professor do departamento de comunicação social da PUC-Rio, onde também se graduou jornalista. Mestre em filosofia pela mesma instituição. Doutor em filosofia pela Universidade de Paris 8, da qual é também pesquisador associado. Pós-doutor em filosofia pela UFRJ. Tem como áreas de pesquisa a estética e a teoria crítica, privilegiando cinema e poesia.

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Publicado

2024-12-20