Correlação radiológica e histológica utilizando o sistema BI-RADS: valor preditivo positivo das categorias 3, 4 e 5
Palavras-chave:
valor preditivo dos testes, mamografia, neoplasias da mamaResumo
Objetivo: analisar estudos que comparam achados mamográficos de acordo com a classificação BI-RADS, com a histologia, avaliando os valores preditivos positivos das categorias 3,4 e 5. Materiais e Métodos: foi realizada revisão das bases de dados Medline - Pubmed e SciELO - Lilacs através dos termos “valor preditivo” e “BI-RADS ou BIRADS”e “mamografia”. Foram incluídos 15 artigos nesta revisão, cumprindo os seguintes critérios: artigos originais avaliando o valor preditivo positivo (VPP) das categorias 3, 4 e 5, baseado no resultado histopatológico de, no mínimo, 100 lesões; trabalhos publicados no período entre 1998 e 2010; artigos em língua portuguesa, inglesa ou espanhola. Resultados: o valor preditivo positivo das categorias 3, 4 e 5 variou entre 0% e 8%, 4% e 67,8%, 54% e 100%, respectivamente. Foi possível determinar que as lesões de maior risco para malignidade são as massas de margem espiculada, alta densidade e forma irregular e as calcificações descritas como finas ramificadas, distribuição segmentar ou linear. Verificamos também que o carcinoma mais encontrado nas lesões calcificadas foi o ductal in situ e nas demais lesões o carcinoma ductal infiltrativo. Conclusão: a nomenclatura do Sistema BI-RADS é útil e de grande valor para predizer a presença de malignidade, permitindo discriminar, com certa segurança, pacientes com maior risco de apresentar câncer de mama. Para reduzir a realização desnecessária de procedimentos invasivos, sugerimos que as lesões sejam analisadas também de acordo com os critérios morfológicos.
Downloads
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2006: incidência de câncer no Brasil [Internet]. 2006 [acesso em 15 maio 2011]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/estimativa/2006/.
National Cancer Institute. Surveillance Epidemiology and End Results (SEER) [Internet]. [acesso em 15 maio 2011]. Disponível em: http://seer.cancer.gov.
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa 2010: incidência de câncer no Brasil [Internet]. 2010[acesso 15 maio 2011]. Disponível em: http://www1.inca.gov.br/estimativa/2010/.
Newman LA, Sabel M. Advances in breast cancer detection and management. Med Clin North Am. 2003;87:997-1028.
Bellantone R, Rossi S, Lombardi CP, De Fazio S, Agresti M, Pastore G, et al. [Nonpalpable lesions of the breast. Diagnostic and therapeutic considerations]. Minerva Chir. 1994;49:327-33.
Thuler LC. Considerações sobre a prevenção do câncer de mama feminino. Rev Bras Cancerol. 2003;49:227-38.
Ciatto S, Cataliotti L, Distante V. Nonpalpable lesions detected with mammography: review of 512 consecutive cases. Radiology. 1987;165:99-102.
Cyrlak D. Induced costs of low-cost screening mammography. Radiology. 1988;168:661-3.
Hall FM, Storella JM, Siverstone DZ, Wyshak G. Nonpalpable breast lesions: recommendation for biopsy based on suspicion of carcinoma at mammography. Radiology. 1988;167:353-8.
American College of Radiology. Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS). Reston: American College of Radiology; 1993.
American College of Radiology. Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS). 2nd ed. Reston: American College of Radiology; 1995.
American College of Radiology. Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®). 3rd ed. Reston: American College of Radiology; 1998.
American College of Radiology. Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS®). 4th ed. Reston: American College of Radiology; 2003.
Chala LF, Barros N. ACR BI-RADS™ na ultrasonografia. Radiol Bras. 2004;37:III–IV.
Camargo Júnior HSA. BI-RADS®-ultra-som: vantagens e desvantagens dessa nova ferramenta de trabalho. Radiol Bras. 2005;38:301-3.
Liberman L, Menell JH. Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS). Radiol Clin North Am. 2002;40:409-30.
Orel SG, Kay N, Reynolds C, Sullivan DC. BIRADS categorization as a predictor of malignancy. Radiology. 1999;211:845-50.
Ball CG, Butchart M, MacFarlane JK. Effect on biopsy technique of the breast imaging reporting and data system (BI-RADS) for nonpalpable mammographic abnormalities. Can J Surg. 2002;45:259-63.
Melhado VC, Alvares BR, Almeida OJ. Correlação radiológica e histológica de lesões mamárias não palpáveis em pacientes submetidas a marcação pré cirúrgica, utilizando-se o sistema BI-RADS®. Radiol Bras. 2007;40:9-11.
Resende LMP, Matias MA, Oliveira GM, Salles MA, Melo FH, Gobbi H. Avaliação de microcalcificações mamárias de acordo com as classificações do Breast Imaging Reporting and Data System e de Le Gal. Rev Bras Ginecol Obstet. 2008;30:75-9.
Prado GLM, Guerra MT. Valor preditivo positivo das categorias 3, 4 e 5 do Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS). Radiol Bras. 2010;43:171-4.
Margolin FR, Leung JW, Jacobs RP, Denny SR. Percutaneous imaging-guided core breast biopsy: 5 years' experience in a community hospital. AJR Am J Roentgenol. 2001;177:559-64.
Tate PS, Rogers EL, McGee EM, Page GV, Hopkins SF, Shearer RG, et al. Stereotactic breast biopsy: a six-year surgical experience. J Ky Med Assoc. 2001;99:98-103.
Mendez A, Cabanillas F, Echenique M, Malekshamran K, Perez I, Ramos E. Mammographic features and correlation with biopsy findings using 11-gauge stereotactic vacuum-assisted breast biopsy (SVABB). Ann Oncol. 2004;15:450-4.
Tan YY, Wee SB, Tan MP, Chong BK. Positive predictive value of BI-RADS categorization in an Asian population. Asian J Surg. 2004;27:186-91.
Zonderland HM, Pope TL Jr, Nieborg AJ. The positive predictive value of the Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS) as a method of quality assessment in breast imaging in a hospital population. Eur Radiol. 2004;14:1743-50.
Muller-Schimpfle M, Wersebe A, Xydeas T, Fishman A, Vogel U, Fersis N, et al. Microcalcifications of breast. How does radiologic classification correlate with histology? Acta Radiol. 2005;46:774-81.
Kim EK, Ko KH, Oh KK, Kwak JY, You JK, Kim MJ, and Park BW. Clinical application of the BI-RADS final assessment to breast sonography in conjunction with mammography. Am J Roentgenol. 2008;190:1209-15.
Bent CK, Bassett LW, D'Orsi CJ, Sayre JW. The positive predictive value of BI-RADS microcalcification descriptors and final assessment categories. AJR Am J Roentgenol. 2010;194:1378-83.
Bérubé M, Curpen B, Ugolini P, Lalonde L, Ouimet- Oliva D. Level of suspicion of a mammographic lesion: use of features defined by BIRADS lexicon and correlation with large-core breast biopsy. Can Assoc Radiol J. 1998;49:223-8.
Shapiro S. Determining the efficacy of breast cancer screening. Cancer. 1989;63:1873-80.
Dodd GD. American Cancer Society guidelines on screening for breast cancer. An overview. Cancer. 1992;69:1885-7.
Hurley SF, Kaldor JM. The benefits and risks of mammographic screening for breast cancer. Epidemiol Rev. 1992;14:101-30.
Smart CR, Hartmann WH, Beahrs OH, Garfinkel L. Insights into breast cancer screening of younger women. Evidence from the 14-year follow-up of the Breast Cancer Detection Demonstration Project. Cancer. 1993;72:1449-56.
Nystrom L, Rutqvist LE, Wall S, Lindgren A, Lindqvist M, Rydén S, et al. Breast cancer screening with mammography: overview of Swedish randomised trials. Lancet. 1993;341:973-8.
Smart CR. Highlights of the evidence of benefit for women aged 40-49 years from the 14-year follow-up of the Breast Cancer Detection Demonstration Project. Cancer. 1994;74:296-300.
Nascimento JHR, Silva VD, Maciel AC. Acurácia dos achados mamográficos do câncer de mama: correlação da classificação BI-RADS® e achados histológicos. Radiol Bras. 2010;43:91-6.
Klautau-Leite AP, Nicola H, Scaciota AP, Milani V, Souza LR, Uemura L. Valor do BI-RADS ultrassonográfico na distinção entre lesões malignas e benignas: estudo da variação interobservador e correlação com anátomo-patológico. Rev Imagem. 2004;142:33-9.
Vianna AD, Marchiori E, Vianna AS, Vianna PE. Calcificações arredondadas como único achado mamográfico no carcinoma da mama: correlação mamografia-anatomia patológica. Radiol Bras. 2004;38:163-7.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.