Percepção de agentes comunitários de saúde sobre os usuários de álcool e outras drogas

Autores

  • Larissa Sandy Carvalho Teles Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
  • Emilene Hessel Correa Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
  • Fátima Ayres de Araújo Scattolin Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.5327/z1984-4840201624488

Palavras-chave:

agentes comunitários de saúde, transtornos relacionados ao uso de substâncias, saúde mental, atenção primária à saúde

Resumo

Introdução: A dependência química tem sido centro de debates em vários setores, tanto governamentais como na sociedade em geral. Apresenta-se como um grave problema social e de saúde pública. Objetivos: Conhecer o perfil dos agentes comunitários de saúde (ACS) das Unidades Saúde da Família do município de Sorocaba, São Paulo, e identificar a percepção e as formas de intervenção desses profissionais em relação ao uso e abuso de drogas no território. Material e Métodos: Trata-se de estudo exploratório, descritivo, transversal, predominantemente qualitativo. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados: questionário sociodemográfico e entrevista com roteiro semiestruturado. Resultados e Discussão: Os dados foram analisados pela técnica do discurso do sujeito coletivo. Participaram 64 ACS, sendo 98,4% mulheres, 90,6% casadas, 92,1% de religião cristã, média de 11,2 anos de estudo, 4,9 anos de profissão e média de idade de 36,8 anos. Foram consideradas cinco categorias: drogas como um dos maiores problemas do bairro, identificação do usuário, intervenções, capacitação para as intervenções, e redução de danos. Conclusões: Os ACS consideram que as drogas representam um dos maiores problemas que atingem a sociedade. Reclamam da falta de capacitação para intervenções efetivas com os usuários. Suas relações sociais e profissionais os levam a associar o problema à violência e ao medo, mas entendem que as ações devem ser desenvolvidas com a permissão e participação do usuário e que a postura do profissional deve ser compreensiva e inclusiva. Na percepção dos ACS é preciso buscar formas de reduzir os danos e melhorar a saúde e qualidade de vida dos usuários.

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Biografia do Autor

Larissa Sandy Carvalho Teles, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Graduanda do Curso de  Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Campus Sorocaba. São Paulo, Brasil.

Emilene Hessel Correa, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Graduanda do Curso de  Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Campus Sorocaba. São Paulo, Brasil.

Fátima Ayres de Araújo Scattolin, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Enfermeira. Mestre em Enfermagem. Docente do Departamento de Enfermagem da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - Campus Sorocaba, São Paulo, Brasil.

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Publicado

2016-07-19

Como Citar

1.
Teles LSC, Correa EH, Scattolin FA de A. Percepção de agentes comunitários de saúde sobre os usuários de álcool e outras drogas. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 19º de julho de 2016 [citado 15º de novembro de 2024];18(2):92-7. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/24488

Edição

Seção

Artigo Original