Correção cirúrgica da doença de Hirschprung pela técnica de de la Torre-Mondragon

Autores

  • Gabriela Teixeira Araujo Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Guilherme Jorge Mattos Miguel Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Cristina Zugaiar Santos Sampaio
  • Izilda das Eiras Tâmega Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

aganglionose intestinal congênita, doença de Hirschprung, técnica de de la Torre-Mondragon

Resumo

A Aganglionose Intestinal Congênita (AIC), ou Doença de Hirschprung, é uma má formação caracterizada pela ausência de células ganglionares nos plexos mioentérico e submucoso da porção distal do trato gastrointestinal. Assim, o segmento aganglionar é aperistáltico e espástico, constituindo um obstáculo ao transito intestinal e gerando a dilatação do segmento saudável. A doença costuma manifestar-se no período neonatal com obstrução intestinal, distensão abdominal e vômitos. O tratamento é cirúrgico, pela técnica de De La Torre-Mondragon, realizada em um tempo cirúrgico e sem colostomia prévia. Relato do caso: P.R.D., masculino, 33 dias de vida, foi encaminhado ao serviço com quadro de distensão abdominal e parada da eliminação de fezes há 22 horas. Foi internado primeiramente aos cinco dias de vida com quadro de obstrução intestinal, aliviada após limpeza mecânica. Encontrava-se com abdômen distendido, flácido, sem sinais de desconforto à palpação e ruídos hidroaéreos presentes. O enema opaco evidenciou progressão do contraste com dilatação do retossigmoide. A manometria retal demonstrou reflexo inibitório anorretal não desencadeado, com inúmeras evacuações do lactente durante o exame. Foi indicada correção cirúrgica feita pela técnica de De La Torre-Mondragon, sem intercorrências. Anatomopatológico da peça cirúrgica confirmou ausência de células ganglionares no segmento. O diagnóstico preciso e o manejo cirúrgico precoce foi fundamental para evitar a principal complicação desta doença, a enterocolite necrosante. A técnica de De La Torre-Mondragon consiste no rebaixamento transanal endorretal do cólon e permitiu a recuperação do transito intestinal precocemente, sem a necessidade de colostomia. O reestabelecimento precoce do transito intestinal melhorou a qualidade de vida do paciente e diminuiu custos e o tempo de hospitalização.

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Como Citar

1.
Araujo GT, Mattos Miguel GJ, Sampaio CZS, Tâmega I das E. Correção cirúrgica da doença de Hirschprung pela técnica de de la Torre-Mondragon. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 8º de outubro de 2015 [citado 19º de novembro de 2024];17(Supl.). Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/24816