Há correlação entre o grau de resiliência e o impacto da fibromialgia na qualidade de vida?

Autores

  • José Eduardo Martinez PUC-SP/FCMS
  • Stephanie Caroline Barbosa Bologna PUCS0/FCMS
  • Juliana Maria Rodas El-Kadre PUC/FCMS

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201725579

Palavras-chave:

fibromialgia, qualidade de vida, resiliência psicológica

Resumo

Introdução: A fibromialgia (FM) é uma síndrome dolorosa caracterizada por dores musculares difusas e pontos musculares circunscritos dolorosos à digitopressão. A importância dessa síndrome é o impacto na qualidade de vida. Um dos possíveis influenciadores desse impacto pode ser a baixa resiliência dos pacientes. Objetivos: Medir a resiliência nos pacientes com FM; medir o grau de qualidade de vida de pacientes com FM; relacionar e comparar o grau de resiliência com variáveis demográficas, socioeconômicas e qualidade de vida. Material e métodos: A coleta de dados foi realizada no Ambulatório de Reumatologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Foram aplicados: questionário sociodemográfico, escala de resiliência de Wagnild e Young, questionário genérico de avaliação da qualidade de vida Medical Outcomes Study 36-item Short-form Health Survey. Para a análise, foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. Resultados: Foram estudadas 26 mulheres, com idade média de 47,7±11,6 anos e escolaridade média de 8,2 anos de estudo. Houve predomínio de pacientes com resiliência baixa. As análises estatísticas não demonstraram nenhum parâmetro (idade, intensidade da dor, impacto da FM ou qualidade de vida) que se correlacionasse moderada ou fortemente com o grau de resiliência. Conclusão: Pacientes com FM atendidos em um serviço universitário têm baixo grau de resiliência, alto impacto da FM e qualidade de vida ruim.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Metrics

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

José Eduardo Martinez, PUC-SP/FCMS

Concluiu o doutorado em Reumatologia pela Universidade Federal de São Paulo em 1993. Atualmente é professor titular da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e reumatologista da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo lotado no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Na PUCSP exerceu a chefia do Departamento de Medicina entre agosto de 2001 a julho de 2009, foi diretor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde e é atualmente vice-reitor. Publicou 56 artigos em periódicos especializados, sendo 8 internacionais e 53 trabalhos em anais de eventos. Desde 1983 é membro titular da Sociedade Brasileira de Reumatologia sendo membro da Comissão de Dor, Fibromialgia e outros Reumatismos de Partes Moles e Secretário Geral na gestão 2014-2016.. Participa também da Academia Brasileira de Reumatologia. Possui 16 capítulos de livros e 3 livros publicados. Participou de 65 eventos no Brasil e 14 no exterior. Orientou 53 alunos de iniciação científica e 3 de mestrado profissionalizante Coordena o projeto da PUC-SP "Dicas Reumatológicas" no Twitter. Atua na área de Medicina, com ênfase em Reumatologia. Em seu currículo Lattes os termos mais freqüentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Fibromialgia, Qualidade de Vida, Osteoporose, Dor crônica e Lupus Eritematoso Sistêmico.

Stephanie Caroline Barbosa Bologna, PUCS0/FCMS

Estudante de Medicina

Juliana Maria Rodas El-Kadre, PUC/FCMS

Estudante de Medicina

Referências

Goldenberg DL. Fibromyalgia syndrome: an emerging but controversial condition. JAMA. 1987;257(20):2782-7.

Staud R. Fibromyalgia pain: do we know the source? Curr Opin Rheumatol. 2004;16(2):157-63.

Yunus MB, Masi AT, Calabro JJ, Miller KA, Feigenbaum SL. Primary fibromyalgia (fibrositis): clinical study of 50 patients with matched normal controls. Semin Arthritis Rheum. 1981;11(1):151-71.

Clark S, Campbell SM, Forehand ME, Tindall EA, Bennett RM. Clinical characteristics of fibrositis. A “blinded,” controlled study using standard psychological tests. Arthritis Rheum. 1985;28(2):132-7.

Martinez JE, Atra E, Ferraz MB, Silva PSB. Fibromialgia: aspectos clínicos e socioeconômicos. Rev Bras Reumatol. 1992;32(5):225-30.

Wolfe F, Smythe HA, Yunus MB, Bennett RM, Bombardier C, Goldenberg DL, et al. The American College of Rheumatology 1990 Criteria for the Classification of Fibromyalgia. Report of the Multicenter Criteria Committee. Arthritis Rheum. 1990;33(2):160-72.

Martinez JE, Ferraz MB, Sato EI, Atra E. Fibromyalgia versus rheumatoid arthritis: a longitudinal comparison of the quality of life. J Rheumatol. 1995;22(2):270-4.

Wolfe F. The relation between tender points and fibromyalgia symptom variables: evidence that fibromyalgia is not a discrete disorder in the clinic. Ann Rheum Dis. 1997;56(4):268-71.

Wolfe F, Clauw DJ, Fitzcharles MA, Goldenberg DL, Katz RS, Mease P, et al. The American College of Rheumatology preliminary diagnostic criteria for fibromyalgia and measurement of symptom severity. Arthritis Care Res (Hoboken). 2010;62(5):600-10.

Yunus MB. Psychological aspects of fibromyalgia syndrome: a component of the dysfunctional spectrum syndrome. Baillieres Clin Rheumatol. 1994;8(4):811-37.

Martinez JE, Ferraz MB, Fontana AM, Atra E. Psychological aspects of Brazilian women with fibromyalgia. J Psychosom Res. 1995;39(2):167-74.

Giesecke T, Williams DA, Harris RE, Cupps TR, Tian X, Tian TX, et al. Subgrouping of fibromyalgia patients on the basis of pressure-pain thresholds and psychological factors. Arthritis Rheum. 2003;48(10):2916-22.

Wagnild GM, Young HM. Development and psychometric evaluation of the Resilience Scale. J Nurs Meas. 1993;1(2):165-78.

Burckhardt CS, Clark SR, Bennett RM. Fibromyalgia and quality of life: a comparative analysis. J Rheumatol. 1993;20(3):475-9.

Downloads

Publicado

2017-03-31

Como Citar

1.
Martinez JE, Bologna SCB, El-Kadre JMR. Há correlação entre o grau de resiliência e o impacto da fibromialgia na qualidade de vida?. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 31º de março de 2017 [citado 21º de dezembro de 2024];19(1):6-9. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/25579

Edição

Seção

Artigo Original