Causas múltiplas de óbitos relacionados ao HIV/AIDS nas capitais das regiões Sul e Sudeste do Brasil, 2011

Autores

  • Fernanda Cristina da Silva Lopes Ferreira Secretaria de Saúde Prefeitura Municipal de Nova Lima
  • Eliane de Freitas Drumond Gerência de Regulação - Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte
  • Pamila Cristina Lima Siviero Universidade Federal de Alfenas
  • Gabriela Gonzalez Heck Universidade Federal de Minas Gerais
  • Carla Jorge Machado Departamento de Medicina Preventiva e Social Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201727142

Palavras-chave:

HIV, síndrome de imunodeficiência adquirida, causas de morte, atestado de óbito, vigilância epidemiológica, morte

Resumo

Objetivo: Propor dois indicadores para avaliar o ganho de informação por meio da análise de causas múltiplas, utilizando dados das capitais das Regiões Sul e Sudeste, por sexo, grupos etários e capital de residência. Métodos: Foram utilizados dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Selecionaram-se óbitos de indivíduos com 13 anos ou mais com menção ao HIV/AIDS em qualquer campo da declaração de óbito e que residisse nas capitais das Regiões Sul e Sudeste. Os indicadores propostos foram: (i) a diferença entre o número de vezes que uma causa foi mencionada como causa múltipla (CM) e o número de vezes que foi mencionada como causa básica (CB), ou seja, CM-CB, indicando quantas causas adicionais seriam obtidas se todas as menções fossem contadas; e (ii) a razão (CB/CM) que, quanto mais próxima de 1, mais frequentemente a doença é classificada como causa básica. Foram calculados indicadores para sexo, faixa etária e capital segundo CB e CM. Resultados: Quando avaliados apenas os óbitos que apresentam HIV/AIDS como CB, tem-se um total de 2.456 óbitos. Entretanto, ao considerar os óbitos com menção de HIV/AIDS em qualquer campo da declaração de óbito, a análise por CM indica um total de 2.508 óbitos. Obtiveram maior ganho em informações com a análise por CM os seguintes grupos: homens; pacientes com 50 anos ou mais; residentes do Rio de Janeiro. Conclusão: A análise por CM, ao considerar outras condições mencionadas nas declarações de óbitos, pode auxiliar a compreensão do processo de adoecimento da população, contribuindo, portanto, para vigilância de pessoas com HIV/AIDS.

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Biografia do Autor

Fernanda Cristina da Silva Lopes Ferreira, Secretaria de Saúde Prefeitura Municipal de Nova Lima

Enfermeira

Mestre em Saúde Pública

Secretaria de Saúde

Prefeitura Municipal de Nova Lima

Eliane de Freitas Drumond, Gerência de Regulação - Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

Médica

Doutora em Saúde Pública/Epidemiologia

Gerência de Regulação - Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

Pamila Cristina Lima Siviero, Universidade Federal de Alfenas

Professora (Nível Adjunto)

Universidade Federal de Alfenas

 

Gabriela Gonzalez Heck, Universidade Federal de Minas Gerais

Acadêmica do Curso de Medicina

Universidade Federal de Minas Gerais

Carla Jorge Machado, Departamento de Medicina Preventiva e Social Faculdade de Medicina Universidade Federal de Minas Gerais

Ph.D. pela Universidade Johns Hopkins/EUA

Professora (nível Associado 2)

Departamento de Medicina Preventiva e Social

Faculdade de Medicina

Universidade Federal de Minas Gerais

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Publicado

2017-03-31

Como Citar

1.
Ferreira FC da SL, Drumond E de F, Siviero PCL, Heck GG, Machado CJ. Causas múltiplas de óbitos relacionados ao HIV/AIDS nas capitais das regiões Sul e Sudeste do Brasil, 2011. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 31º de março de 2017 [citado 28º de março de 2024];19(1):19-25. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/27142

Edição

Seção

Artigo Original