Causas múltiplas de óbitos relacionados ao HIV/AIDS nas capitais das regiões Sul e Sudeste do Brasil, 2011
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201727142Palabras clave:
HIV, síndrome de imunodeficiência adquirida, causas de morte, atestado de óbito, vigilância epidemiológica, morteResumen
Objetivo: Propor dois indicadores para avaliar o ganho de informação por meio da análise de causas múltiplas, utilizando dados das capitais das Regiões Sul e Sudeste, por sexo, grupos etários e capital de residência. Métodos: Foram utilizados dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade. Selecionaram-se óbitos de indivíduos com 13 anos ou mais com menção ao HIV/AIDS em qualquer campo da declaração de óbito e que residisse nas capitais das Regiões Sul e Sudeste. Os indicadores propostos foram: (i) a diferença entre o número de vezes que uma causa foi mencionada como causa múltipla (CM) e o número de vezes que foi mencionada como causa básica (CB), ou seja, CM-CB, indicando quantas causas adicionais seriam obtidas se todas as menções fossem contadas; e (ii) a razão (CB/CM) que, quanto mais próxima de 1, mais frequentemente a doença é classificada como causa básica. Foram calculados indicadores para sexo, faixa etária e capital segundo CB e CM. Resultados: Quando avaliados apenas os óbitos que apresentam HIV/AIDS como CB, tem-se um total de 2.456 óbitos. Entretanto, ao considerar os óbitos com menção de HIV/AIDS em qualquer campo da declaração de óbito, a análise por CM indica um total de 2.508 óbitos. Obtiveram maior ganho em informações com a análise por CM os seguintes grupos: homens; pacientes com 50 anos ou mais; residentes do Rio de Janeiro. Conclusão: A análise por CM, ao considerar outras condições mencionadas nas declarações de óbitos, pode auxiliar a compreensão do processo de adoecimento da população, contribuindo, portanto, para vigilância de pessoas com HIV/AIDS.Descargas
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