Necessidade de tomografia computadorizada em pacientes com trauma cranioencefálico de grau leve

Autores

  • Giuliana Ribeiro Lesur Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Mariana Baptista Nishida Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • José Mauro da Silva Rodrigues Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2017v19i2a6

Palavras-chave:

traumatismos encefálicos, tomografia computadorizada por raios X, ferimentos e lesões, Escala de Coma de Glasgow

Resumo

Introdução: O trauma cranioencefálico (TCE), definido como uma lesão no cérebro causado por uma força física externa, é medido pela Escala de Coma de Glasgow (ECG) e pontuado como grave (3–8), moderado (9–13) e leve (14 e 15). O grau TCE está relacionado com a lesão diagnosticada por tomografia computadorizada (TC). No entanto, essa correlação nem sempre ocorre no TCE leve. Objetivo: Identificar o perfil dos pacientes com TCE leve admitidos em um centro de trauma e verificar se o uso rotineiro de TC beneficia esses pacientes. Métodos: Foram analisados 45 laudos de TC. Os dados coletados foram transcritos para o formulário, que continha a avaliação do paciente na ECG como leve, os achados tomográficos e indicações de TC. Resultados: Desses pacientes, 12 foram pontuados com 14 e 33 pacientes com 15. Dentre as indicações de TC, 31 (68,9%) tinham perdido a consciência, 3 (6,7%) pontuaram menos do que 15 até 2 horas da admissão, 1 (2,2%) tinha suspeita de afundamento de crânio, 7 (15,5%) foram vômitos, 5 (11,1%) tinham idade superior a 65 anos, 14 (31,1%) sofriam de amnésia de eventos antes do trauma e 31 (68,9%) apresentaram trauma perigoso. Cinco pacientes apresentaram lesões intracranianas e, entre esses, um com possível intervenção neurocirúrgica. Conclusão: Os pacientes com TCE leve, que tenham pelo menos um dos sinais ou sintomas da presença de lesões devem ser submetidos à TC de crânio.

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Biografia do Autor

Giuliana Ribeiro Lesur, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Acadêmica do sexto ano da FCMS- PUCSP

Mariana Baptista Nishida, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Acadêmica do sexto ano da FCMS-PUCSP

José Mauro da Silva Rodrigues, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Professor Associado do Departamento de Cirurgia da FCMS - PUCSPCoordenador do curso de medicina FCMS - PUCSPVice-presidente da SBAIT - Sociedade Brasileira de Atendimento Integrado ao TraumaTitular do CBC - Colégio Brasileiro de Cirurgiõe

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Publicado

2017-06-26

Como Citar

1.
Lesur GR, Nishida MB, Rodrigues JM da S. Necessidade de tomografia computadorizada em pacientes com trauma cranioencefálico de grau leve. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 26º de junho de 2017 [citado 19º de novembro de 2024];19(2):76-80. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/28332

Edição

Seção

Artigo Original