Necessidade de tomografia computadorizada em pacientes com trauma cranioencefálico de grau leve
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2017v19i2a6Palabras clave:
traumatismos encefálicos, tomografia computadorizada por raios X, ferimentos e lesões, Escala de Coma de GlasgowResumen
Introdução: O trauma cranioencefálico (TCE), definido como uma lesão no cérebro causado por uma força física externa, é medido pela Escala de Coma de Glasgow (ECG) e pontuado como grave (3–8), moderado (9–13) e leve (14 e 15). O grau TCE está relacionado com a lesão diagnosticada por tomografia computadorizada (TC). No entanto, essa correlação nem sempre ocorre no TCE leve. Objetivo: Identificar o perfil dos pacientes com TCE leve admitidos em um centro de trauma e verificar se o uso rotineiro de TC beneficia esses pacientes. Métodos: Foram analisados 45 laudos de TC. Os dados coletados foram transcritos para o formulário, que continha a avaliação do paciente na ECG como leve, os achados tomográficos e indicações de TC. Resultados: Desses pacientes, 12 foram pontuados com 14 e 33 pacientes com 15. Dentre as indicações de TC, 31 (68,9%) tinham perdido a consciência, 3 (6,7%) pontuaram menos do que 15 até 2 horas da admissão, 1 (2,2%) tinha suspeita de afundamento de crânio, 7 (15,5%) foram vômitos, 5 (11,1%) tinham idade superior a 65 anos, 14 (31,1%) sofriam de amnésia de eventos antes do trauma e 31 (68,9%) apresentaram trauma perigoso. Cinco pacientes apresentaram lesões intracranianas e, entre esses, um com possível intervenção neurocirúrgica. Conclusão: Os pacientes com TCE leve, que tenham pelo menos um dos sinais ou sintomas da presença de lesões devem ser submetidos à TC de crânio.Descargas
Métricas
Citas
Rocha CMN. Traumatismo cranioencefálico: correlação entre dados demográficos, escala de Glasgow e tomografia computadorizada de crânio com a mortalidade em curto prazo na cidade de Maceió, Alagoas [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2006.
Leite CC, Amaro Jr. E, Lucato LT. Neurorradiologia: diagnóstico por imagem das alterações cefálicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008. p.182-214.
Haydel MJ, Preston CA, Mills TJ, Luber S, Blaudeau, E, DeBlieux PMC. Indications for computed tomography in patients with minor head injury. N Engl J Med. 2000;343:100-5.
Smits M, Dippel DWJ, de Haan GG, Dekker HM, Vos PE, Kool DR, et al. External validation of the Canadian CT Head Rule and the New Orleans Criteria for CT scanning in patients with minor head injury. JAMA. 2005;294(12):1519-25.
Jeret JS, Mandell M, Anziska B, Lipitz M, Vilceus AP, Ware JA, et al. Clinical predictors of abnormality disclosed by computed tomography after mild head trauma. Neurosurgery. 1993;32(1):9-15.
Andrade AF, Marino Jr. R, Miura FK, Carvalhaes CC, Tarico MA, Lázaro RS, et al. Diretrizes de diagnóstico e conduta no paciente com traumatismo craniencefálico leve. São Paulo: Sociedade Brasileira de Neurocirurgia; 2001.
Teasdale G, Jennett B. Assessment of coma and impaired consciousness: a practical scale. Lancet. 1974;2:81-4.
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais. Protocolo Clínico de Atendimento ao Paciente Vítima de Traumatismo Cranioencefálico Leve [Internet]. São Paulo: FHEMIG; 2013 [acesso em 25 ago. 2015]. Disponível em: http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/15106/2268662_109700.pdf
Morgado FL, Rossi LA. Correlação entre a escala de coma de Glasgow e os achados de imagem de tomografia computadorizada em pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico. Radiol Bras. 2011;44:35-41.
Carvalho ACP. A história da tomografia computadorizada. Rev Imagem. 2007;29(2):61-6.
Miller EC, Holmes JF, Derlet RW. Utilizing clinical factors to reduce head CT scan ordering for minor head trauma patients. J Emerg Med. 1997;15:453-7.
Halley MK, Silva PD, Foley J, Rodarte A. Loss of consciousness: when to perform computed tomography? Pediatr Crit Care Med. 2004;5:230-3.
Melo JRT, Silva RA, Moreira Jr. ED. Características dos pacientes com trauma cranioencefálico na cidade do Salvador, Bahia. Arq Neuropsiquiatr. 2004;62(3A):711‑5.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.