Sífilis congênita no Brasil em 2001/2002 e 2012/2013: estudo de causas múltiplas de óbito

Autores

  • Carla Jorge Machado Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina – Belo Horizonte (MG), Brasil.
  • Andréa Branco Simão Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Escola de Serviço Social – Belo Horizonte (MG), Brasil.
  • Rafael Valério Gonçalves Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina – Belo Horizonte (MG), Brasil.
  • Andréa Casagrande Azevedo Secretaria Municipal de Nova Lima – Nova Lima (MG), Brasil.
  • Eliane de Freitas Drumond Secretaria Municipal de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG), Brasil.
  • Mariana Gomes Faria Secretaria Municipal de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2018v20i2a8

Palavras-chave:

sífilis congênita, causas de morte, doenças transmissíveis, mortalidade perinatal, transmissão vertical de doença infecciosa

Resumo

Objetivos: Estudar e comparar óbitos por sífilis congênita no Brasil em 2001/2002 e 2012/2013. Métodos: Estudo transversal de óbitos perinatais do Sistema de Informação sobre Mortalidade com menção de sífilis congênita. Foram avaliados: história reprodutiva da mãe, aspectos sociodemográficos, gestação, parto, recém-nascido e causa do óbito. Foi feita comparação de proporções e teste t. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Ocorreram 330 e 933 óbitos perinatais com menção de sífilis congênita em 2001/2002 e 2012/2013, respectivamente. Em ambos os períodos, a média de idade das mães foi de pouco mais de 23 anos; mais da metade dos óbitos foi de filhos de mães residentes no Sudeste; a categoria mais comum de peso ao nascer foi 1.000 a menos de 2.500g; e 80% das causas básicas foi a sífilis congênita. O percentual de mães com mais de sete anos de escolaridade passou de 22,1 para 34,7% (p<0,001) do primeiro para o segundo período; a prematuridade foi mais frequente entre os que morreram (p<0,001) tendo aumentado no período; óbitos cujas causas básicas foram fatores maternos, complicações da gravidez e trabalho de parto aumentaram percentualmente dos dois biênios; houve redução daqueles óbitos causados por transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal (p<0,001). Conclusão: A sífilis congênita é um problema de saúde pública no Brasil. O número de óbitos com menção da doença quase triplicou em 11 anos. Chama a atenção que ocorram óbitos de nascidos com peso viável, o que indica que tais óbitos são preveníveis.

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Biografia do Autor

Carla Jorge Machado, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Professora Associada

Departamento de Medicina Preventiva e Social

 

Andréa Branco Simão, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), Escola de Serviço Social – Belo Horizonte (MG), Brasil.

--Escola de Serviço Social
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

--Assistente Social

Universidade Federal de Minas Gerais

Rafael Valério Gonçalves, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Medicina – Belo Horizonte (MG), Brasil.

--Cientista da Computação

Universidade Estadual de Campinas

--Acadêmico de Medicina

Faculdade de Medicina
Universidade Federal de Minas Gerais

Andréa Casagrande Azevedo, Secretaria Municipal de Nova Lima – Nova Lima (MG), Brasil.

Enfermeira

Secretaria Municipal de Saúde de Nova Lima

Eliane de Freitas Drumond, Secretaria Municipal de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Médica

Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte

Mariana Gomes Faria, Secretaria Municipal de Belo Horizonte – Belo Horizonte (MG), Brasil.

Médica Generalista

Formada pela Universidade José do Rosário Vellano (Unifenas).

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Publicado

2018-07-25

Como Citar

1.
Machado CJ, Simão AB, Gonçalves RV, Azevedo AC, Drumond E de F, Faria MG. Sífilis congênita no Brasil em 2001/2002 e 2012/2013: estudo de causas múltiplas de óbito. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 25º de julho de 2018 [citado 23º de novembro de 2024];20(2):98-103. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/34914

Edição

Seção

Artigo Original