Sífilis congênita no Brasil em 2001/2002 e 2012/2013: estudo de causas múltiplas de óbito
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2018v20i2a8Palabras clave:
sífilis congênita, causas de morte, doenças transmissíveis, mortalidade perinatal, transmissão vertical de doença infecciosaResumen
Objetivos: Estudar e comparar óbitos por sífilis congênita no Brasil em 2001/2002 e 2012/2013. Métodos: Estudo transversal de óbitos perinatais do Sistema de Informação sobre Mortalidade com menção de sífilis congênita. Foram avaliados: história reprodutiva da mãe, aspectos sociodemográficos, gestação, parto, recém-nascido e causa do óbito. Foi feita comparação de proporções e teste t. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: Ocorreram 330 e 933 óbitos perinatais com menção de sífilis congênita em 2001/2002 e 2012/2013, respectivamente. Em ambos os períodos, a média de idade das mães foi de pouco mais de 23 anos; mais da metade dos óbitos foi de filhos de mães residentes no Sudeste; a categoria mais comum de peso ao nascer foi 1.000 a menos de 2.500g; e 80% das causas básicas foi a sífilis congênita. O percentual de mães com mais de sete anos de escolaridade passou de 22,1 para 34,7% (p<0,001) do primeiro para o segundo período; a prematuridade foi mais frequente entre os que morreram (p<0,001) tendo aumentado no período; óbitos cujas causas básicas foram fatores maternos, complicações da gravidez e trabalho de parto aumentaram percentualmente dos dois biênios; houve redução daqueles óbitos causados por transtornos respiratórios e cardiovasculares específicos do período perinatal (p<0,001). Conclusão: A sífilis congênita é um problema de saúde pública no Brasil. O número de óbitos com menção da doença quase triplicou em 11 anos. Chama a atenção que ocorram óbitos de nascidos com peso viável, o que indica que tais óbitos são preveníveis.
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