Avaliação da qualidade de vida dos pacientes com úlcera varicosa atendidos em um ambulatório de um hospital-escola
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i3a5Palavras-chave:
úlcera varicosa, insuficiência venosa, questionário, qualidade de vidaResumo
Introdução: A úlcera varicosa é uma ferida crônica, aberta entre o joelho e o tornozelo, com forma e tamanho variáveis. Geralmente, não cicatriza antes de decorridas quatro semanas, sendo a lesão mais grave da insuficiência venosa crônica. É um ciclo contínuo de rupturas da pele ao longo de décadas, com redução da qualidade de vida. Os efeitos psicossociais são muitas vezes esquecidos. Objetivos: Avaliar a qualidade de vida de pacientes com úlcera venosa (C6) de acordo com Clinical Manifestation, Etiologic Factors, Anatomic Distribution of Disease, Pathophysiologic Findings (CEAP). Métodos: Estudo transversal descritivo-analítico composto por 50 pacientes. Foi utilizado para avaliação o questionário específico de qualidade de vida na úlcera venosa crônica traduzido, adaptado e validado na língua portuguesa a partir do questionário “Charing Cross Venous Ulcer Questionnaire”. Resultados: Mulheres (60%) apresentaram média maior na pontuação total e nos domínios. Houve significância estatística (p<0,05) entre os domínios estética (p=0,0390) e estado emocional (p=0,0274). Na comparação dos domínios, interação social e atividades domésticas obtiveram menor pontuação, em ambos os gêneros. O domínio mais afetado foi o estado emocional, para ambos os gêneros. Pouca diferença na média de idade entre mulheres e homens. As queixas mais comuns foram dor, mau odor e a impossibilidade de permanecer muito tempo em pé. Conclusões: A úlcera venosa causou impacto leve a moderado na qualidade de vida, principalmente pelo baixo bem-estar psicossocial.
Downloads
Metrics
Referências
Abreu JAC, Pitta GBB, Miranda-Júnior F. Avaliação do segmento venoso fêmoro poplíteo pela ultrassonografia doppler em pacientes com úlcera varicosa. J Vasc Bras. 2012;11(4):277-85. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492012000400005
Maffei FH, Magaldi C, Pinho SZ, Lastoria S, Pinho W, Yoshida WB, et al. Varicose veins and chronic venous insufficiency in Brazil: prevalence among 1755 inhabitants of a country town. Int J Epidemiol. 1986;15(2):210-7. doi: http://dx.doi.org/10.1093/ije/15.2.210
Maffei FHA. Insuficiência venosa crônica: conceito, prevalência, etiopatogenia e fisiopatologia. In: Maffei FHA, Lastória S, Yoshida WB, Rollo HA, editores. Doenças vasculares periféricas. 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2007. p. 1796-803.
Bersusa AAS, Lages JS. Integridade da pele prejudicada: identificando e diferenciando uma úlcera arterial e uma venosa. Ciênc Cuid Saúde. 2004;3(1):81-92.
Costa LM, Higino WJF, Leal FJ, Couto RC. Perfil clínico e sociodemográfico dos portadores de doença venosa crônica atendidos em centros de saúde de Maceió (AL). J Vasc Bras. 2012;11(2):108-13. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492012000200007
Moura RMF, Gonçalves GS, Navarro TP, Britto RR, Dias RC. Correlação entre classificação clínica CEAP e qualidade de vida na doença venosa crônica. Rev Bras Fisioter. 2010;14(2):99-105. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552010005000007
González-Consuegra RV, Verdú J. Quality of life in people with venous leg ulcers: an integrative review. J Adv Nurs. 2011;67(5):926-44. doi: http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2648.2010.05568.x
Hereendran A, Bradbury A, Budd J, Geroulakos G, Hobbs R, Kenkre J, et al. Measuring the impact of venous leg ulcers on quality of life. J Wound Care. 2005;14(2):53-7. doi: http://dx.doi.org/10.12968/jowc.2005.14.2.26732
Brand FN, Dannenberg AL, Abbott RD, Kannel WB. Epidemiology of varicose veins: The Framingham study. Am J Prev Med. 1988;4(2):96-101. doi: https://doi.org/10.1016/S0749-3797(18)31203-0
Maddox D. Effects of venous leg ulceration on patients’ quality of life. Nurs Stand. 2012;26(38):42-9. doi: http://dx.doi.org/10.7748/ns2012.05.26.38.42.c9111
Aguiar ET, Pinto LJ, Figueiredo M, Savino NS. Úlcera de insuficiência venosa crônica. J Vasc Bras. 2005;4(3 Supl. 2):195-200.
Belczak CEQ, Cavalheri Jr. G, Godoy JMP, Caffaro RA, Belczak SQ. Relação entre a mobilidade da articulação talocrural e a úlcera venosa. J Vasc Bras. 2007;6(2):149-55. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492007000200009
Jones JE, Robinson J, Barr W, Carlisle C. Impact of exudate and odor from chronic venous leg. Nurs Stand. 2008;22(45):53-61. doi: http://dx.doi.org/10.7748/ns2008.07.22.45.53.c6592
Santos RFFN, Porfírio GJM, Pitta GBB. A diferença na qualidade de vida de pacientes com doença venosa crônica leve e grave. J Vasc Bras. 2009;8(2):143-7. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492009000200008
França LHG, Tavares V. Insuficiência venosa crônica: uma atualização. J Vasc Bras. 2003;2(4):318-28.
Augustin M, Dieterle W, Zschocke I, Brill C, Trefzer D, Peschen M, et al. Development and validation of a disease-specific questionnaire on the quality of life of patients with chronic venous insufficiency. Vasa.1997;26(4):291-301.
Couto RC, Leal FJ, Pitta GBB, Bezerra RCB, Segundo WSS, Porto TM. Tradução e adaptação cultural do Charing Cross Venous Ulcer Questionnaire-Brasil. J Vasc Bras. 2012;11(2):102-6. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492012000200006
Couto RC, Leal FJ, Pitta GBB. Validação do questionário de qualidade de vida na úlcera venosa crônica em língua portuguesa (Charing Cross Venous Ulcer Questionnaire-CCVUQ-Brasil). J Vasc Bras. 2016;15(1):4-10. doi: http://dx.doi.org/10.1590/1677-5449.003015
Siegel SE, Castellan N Jr. Nonparametric statistics for the behavioral sciences. 2ª ed. Cingapura: McGraw-Hill; 1989.
Wong IKY, Lee DTF, Thompson DR. Translation and validation of the Chinese version of the Charing Cross Venous Ulcer Questionnaire. J Clin Nurs. 2006;15(3):356-7. doi: http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2702.2006.01307.x
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.