Impacto da COVID-19 na mortalidade pós-operatória em pacientes com fratura proximal do fêmur: uma revisão sistemática com metanálise

Daniel Campos de Jesus; Joanne Conçeição Martins Aragão Costa Dias; Mariana Camargo Cerri; Livia Faria Moretti; Cintia Kelly Bittar; Jose Alexandre  Mendonça

doi:10.23925/1984-4840.2025v27a10

Autores

Daniel Campos de Jesus Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Joanne Conçeição Martins Aragão Costa Dias Universidade Tiradentes
Mariana Camargo Cerri Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Livia Faria Moretti Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Cintia Kelly Bittar Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Jose Alexandre Mendonça Pontifícia Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2025v27a10

Palavras-chave:

COVID-19, Mortalidade, Fraturas Proximais do Fêmur, Hospitalização, Cuidados Pós-Operatórios

Resumo

Objetivo: realizou-se uma revisão sistemática com metanálise para caracterizar o impacto da pandemia de COVID-19 na mortalidade pós-operatória de pacientes com fratura proximal do fêmur. Metodologia: foi realizada uma revisão sistemática e metanálise, usando as ferramentas da Cochrane e uma estratégia PICO (Paciente ou Problema: fratura de fêmur com COVID-19); Intervenção: cirurgia; Controle ou Comparação: fratura de fêmur sem COVID-19; Desfechos: mortalidade geral e o tempo de hospitalização; Tempo: acompanhamento mínimo de seis meses. Resultados: após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, oito estudos foram considerados elegíveis para metanálise. Inicialmente, foram identificados 264 artigos. No total, os estudos incluíram 10.902 participantes. A taxa de mortalidade geral foi de 28,2% entre os pacientes com COVID-19, enquanto a taxa de mortalidade entre os pacientes sem a infecção foi de 8,25%. Verificou-se uma proporção de óbitos superior àquela registrada entre os pacientes negativos para COVID-19, com uma razão de chances (OR) geral dos estudos de 4,93 (IC 95%: 2,79 - 8,71), p < 0,001. Conclusão: os resultados evidenciam o impacto significativo da COVID-19 na mortalidade de pacientes submetidos à cirurgia por fraturas de quadril, indicando um risco quase cinco vezes maior de óbito. Esses dados ressaltam a gravidade dessa infecção em um grupo já naturalmente vulnerável.

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