VDRL falso-positivo em recém-nascido filho de mãe portadora de síndrome antifosfolípide – relato de caso
Keywords:
VDRL falso-positivo, sífilis congênita, síndrome antifosfolípideAbstract
A incidência de sífilis congênita foi de 1,9 para cada 1000 nascimentos em 2005. Para alterar esse quadro, a prevenção e o diagnóstico no pré-natal e no parto foram reforçados pelo rastreamento com o VDRL. Apesar da alta sensibilidade desse teste, os resultados falso-positivos são possíveis, principalmente em doenças autoimunes e infecções, podendo ocorrer também a transferência passiva para o recém-nascido (RN). RN de J.L.S.A., 16 dias de vida, masculino, nascido em Sorocaba. Mãe com infecção urinária vigente no parto, sorologias negativas no 1º e 3º trimestre e histórico obstétrico de natimorto e aborto anteriores. Parto cesárea de urgência por pré-eclâmpsia e centralização fetal realizado com 30 semanas. RN pré-termo, pequeno para idade gestacional, muito baixo peso, desconforto neonatal precoce, infecção neonatal presumida. Evoluiu com apneia, sepse, plaquetopenia e crises convulsivas, permanecendo na UTI por 16 dias. Realizadas hemocultura e urocultura – negativas - e VRDL no RN e na mãe cujos resultados foram 1/2. Desse modo, iniciou-se o tratamento para o RN por sífilis congênita presumida. Devido baixos títulos e antecedentes maternos, foi pesquisada e confirmada Síndrome Antifosfolípide para mãe, concluindo-se tratar de um falso positivo para ambos. O relato tem como objetivo enfatizar a importância no cuidado do rastreamento eficaz da sífilis congênita, por se tratar de transmissibilidade vertical de uma doença sexualmente transmissível, o que pode abalar a integridade de uma família.Downloads
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