Linfoma Hodgkin em nódulo mamário

Authors

  • Marcelo Gil Cliquet
  • Juliana Assis
  • Thaís di Giovanni
  • Moisés Santore Júnior
  • Bruna Marzullo
  • Julia Grams Quintas
  • Nara Assis da Silva

Keywords:

Linfoma Hodgkin, Linfoma Hodgkin mamário

Abstract

INTRODUÇÃO: O Linfoma de Hodgkin com predominância linfocítica nodular (LHPLN) apresenta células tumorais com marcadores de células B (CD20 e CD79a), imunoglobulinas, cadeia J e antígeno de membrana epitelial. Tem relação com Linfoma não Hodgkin de células B pelo rearranjo dos genes de imunoglobulinas e mutações. Apresenta predomínio linfocitário em células Linfo-Histiocíticas (L&H) e outros marcadores como CD45+, BCL6+, CD19+, CD20+, CD22+, CD79a+, BCL6+, e CD15. Acomete principalmente homens entre 30 e 40 anos por linfadenopatia periférica em regiões cervicais, axilares e inguinais e complicações em baço, fígado, pulmões e medula óssea. Evolui insidiosamente, geralmente com bom prognóstico e na ausência de sintomas B. O tratamento mais conservador tem cirurgia, vigilância ativa, radioterapia isolada, terapia com anticorpo anti-CD20 e quimioterapia de baixa intensidade. RELATO DE CASO: Paciente masculino, 54 anos, hígido, diagnosticado com LHPLN estádio IV em exame de rotina em 08/2016 com linfonodo axilar esquerdo aumentado. Realizou 6 ciclos ABVD entre setembro e fevereiro de 2017. O PET-CT, após o 3° ciclo, não evidenciou processo linfoproliferativo. Em maio, houve recidiva em baço e linfonodo axilar, sem sintomas B. Após 2 ciclos de DHAP, houve remissão das lesões. Realizou TMO autólogo em outubro com neutropenia febril na internação. Em maio de 2018, PET-CT apontou linfonodopatia e linfonodomegalia mediastinais, sugerindo infiltração linfomatosa. A biópsia (BI) evidenciou processo inflamatório crônico granulomatoso sem necrose, segmento pulmonar e linfodenite crônica granulomatosa. Houve redução de lesões e do metabolismo das remanescentes em setembro. Iniciou o tratamento para tuberculose de outubro até março de 2019. Apresentou-se assintomático desde então. DISCUSSÃO: A patogenia do LHPLN é incerta, a célula L&H neoplásica é encontrada na expansão folicular de células B, ricas em células com dendritos foliculares e com população usual de CD4+/CD57+ T, com genes de rearranjo de imunoglobulinas capazes de gerar mutações somáticas contínuas. O diagnóstico depende das características da BI do linfonodo. O estadiamento segue a classificação de Ann Arbor. CONCLUSÃO: O caso de LHPLN apresentado não corrobora com a literatura ao apresentar-se com linfonodopatia e linfonodomegalia mediastinais em faixa etária diferente e pela recidiva após TMO.

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Published

2019-12-02

How to Cite

1.
Cliquet MG, Assis J, di Giovanni T, Santore Júnior M, Marzullo B, Quintas JG, Silva NA da. Linfoma Hodgkin em nódulo mamário. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 2019Dec.2 [cited 2024Jul.13];21(Supl.). Available from: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/46264