Prevalência e distribuição de fatores de risco cardiovascular em portadores de doença arterial coronariana no Norte do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2018v20i3a9Palabras clave:
doença da artéria coronariana, fatores de risco, prevalência, mortalidade, conhecimentos, atitudes e prática em saúdeResumen
Introdução: As doenças cardiovasculares são a principal causa de óbito no mundo. As taxas de morte continuam elevadas e podem ser decorrentes da alta prevalência e, ao mesmo tempo, do ainda pobre controle dos fatores de risco cardiovascular. Métodos: Trata-se de estudo analítico e observacional realizado em ambulatório de Cardiologia no período de agosto de 2015 a agosto de 2016, por meio de aplicação de questionário próprio. Os dados passaram por análise estatística descritiva e foram respeitadas as recomendações éticas. Objetivos: Estimar a prevalência e a distribuição da combinação de fatores de risco cardiovascular em portadores de doença arterial coronariana, bem como avaliar o conhecimento de antecedentes pessoais de risco. Resultados: Houve predomínio do sexo feminino (70%), com média de idade de 63,87 anos. A maioria declarou-se parda (75,56%), solteira (41,11%), com baixa escolaridade (57,79%) e renda (61,11%) e sem atividade ocupacional (56,67%). A maioria dos indivíduos teve como diagnóstico médico a angina instável (74,44%). Observou‑se elevada prevalência de fatores de risco cardiovascular, principalmente hipertensão arterial sistêmica (83,33%), dislipidemia (62,22%), sedentarismo (74,44%) e excesso de peso (64,44%). A obesidade central foi identificada em 88,89% das mulheres e em 51,85% dos homens. Segundo o índice de massa corpórea, a obesidade foi encontrada em 37,78% da amostra. Acerca do conhecimento, 74,44% dos sujeitos afirmaram saber as condições que predispõem doença arterial coronariana. O fumo (36,67%) e a hipertensão arterial sistêmica (34,44%) foram os fatores de risco cardiovascular mais citados. Conclusão: Observou-se conhecimento insatisfatório acerca dos fatores de risco cardiovascular, bem como um descontrole e alta prevalência de fatores de risco. A caracterização dos fatores de risco cardiovascular é essencial para a realização de intervenções mais custo-efetivas.
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