Prevalência de pacientes com indicação para uso de ventilação mecânica não-invasiva em uma unidade de emergência
Palabras clave:
ventilação mecânica, insuficiência respiratória, serviço hospitalar de emergênciaResumen
Introdução: apesar da aplicação de ventilação mecânica não-invasiva já ser bem documentada na literatura quanto aos seus benefícios, evitando a necessidade de intubação endotraqueal e reduzindo os custos e tempo de permanência hospitalar, esta ainda não é a terapêutica de escolha nos casos de insuficiência respiratória aguda na maioria dos hospitais brasileiros. Objetivo: verificar a prevalência de pacientes com indicação para uso de ventilação mecânica não-invasiva em uma unidade de emergência. Materiais e métodos: estudo de coorte histórica com análise de prontuários de pacientes com diagnóstico de insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica internados na emergência de um hospital da região norte do Rio Grande do Sul, no período entre outubro de 2007 a outubro de 2008. As variáveis contínuas foram descritas como média e desvio padrão e as categóricas como frequência absoluta e relativa. Para avaliar a associação entre a patologia de base e outras variáveis, utilizou-se teste qui-quadrado com correção de continuidade quando as mesmas eram categóricas e o teste t de student para grupos independentes quando eram contínuas. Definiu-se que seriam considerados estatisticamente significativos testes com valor de p < 0,05. Resultados: a amostra foi composta por 71 indivíduos, com média de idade de 68,45 ± 12,37 anos, onde 39 (54,9%) apresentaram exacerbação de doença pulmonar obstrutiva crônica e 32 (45,1%) apresentaram quadro de insuficiência respiratória aguda devido à insuficiência cardíaca. O tempo mediano de permanência hospitalar foi de 6,0 (3,0 - 8,5) dias e de permanência na unidade de emergência foi de 4,0 (2,5 - 7,0) dias. Conclusão: pode-se concluir que há grande prevalência de pacientes que poderiam fazer uso de ventilação mecânica não-invasiva ainda na unidade de emergência.
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