Eritema polimorfo farmacoinduzido: relato de caso
Palabras clave:
farmacodermia, eritema polimórficoResumen
Introdução: Farmacodermias são queixas comuns devendo ser diferenciadas para o tratamento e a investigação precoce de complicações. O eritema polimorfo é uma doença inflamatória caracterizada por lesões em alvo que permanecem fixas por mais de 6 dias. As etiologias são medicamentosa (anticonvulsivantes, antibióticos e anti- inflamatórios) e infecções, sendo o vírus herpes o mais relacionado. Classificado na forma minor, associado a infecções, sem sintomas sistêmicos ou lesões mucosas, e major, com padrão inflamatório e mucoso, considerado forma leve da síndrome de Stevens-Johnson. O diagnóstico é clínico e histopatológico. Relato de Caso: Paciente epilética, com diagnóstico de infecção de via aérea há 12 dias tratada com amoxicilina, ibuprofeno, ácido acetil salicílico e loratadina. Após 10 dias, apresentou edema, prurido, eritema, e bolhas por todo corpo, acompanhadas de febre, dispnéia e odinofagia, além de uma convulsão tônico clônica com perda da consciência. Devido à epilepsia, fazia uso de fenobarbital, o qual foi ajustado há 3 dias (50mg para 100mg/dia). Feito diagnóstico, feito hidrocortisona IV, dipirona e cuidados de suporte. Evoluiu com leucocitose e aumento de PCR, introduziu-se ceftriaxona e aciclovir. Houve em uma semana, melhora das lesões cutâneas e estado geral da paciente. Conclusão: As principais causas de farmacodermias são anticonvulsivantes e anti- inflamatórios, usados pela paciente. Alguns medicamentos estão mais associados à certos padrões de lesão, colaborando para o diagnóstico, confirmado através da biopsia cutânea. Frente aos quadros de eritema, as farmacodermias devem ser aventadas como importante diagnóstico diferencial. O fator causal deve ser identificado a fim do tratamento adequado e diminuição da morbidade.
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