Trauma abdominal penetrante: quando não operar - relato de caso
Palabras clave:
trauma abdominal, trauma penetrante, ferimento por arma de fogoResumen
Introdução: A conduta em ferimento por arma de fogo (FAF) abdominalmanteve-se inalterada durante décadas, com a laparotomia diagnóstica sendoobrigatória. No entanto, este conceito tem sido desafiado em alguns centroscom a prática do tratamento não operatório (TNO) em casos selecionados.Uma das razões para a relutância em se adotar o TNO em pacientes comferimentos penetrantes de órgãos sólidos é a preocupação com outras lesões,como perfurações de vísceras ocas. Porém, a correta seleção de pacientespermite que o sucesso do tratamento seja atingido. Objetivo: Relatar o caso depaciente vítima de FAF em região dorsal com lesão diafragmática e hepática.Método: Informações obtidas por meio de anamnese, exame físico, e métodosde imagem aos quais o paciente foi submetido e revisão da literatura. Relatodo caso: Paciente jovem, encaminhado à unidade de emergência 60 minutosapós sofrer FAF em região dorsal. Estável hemodinamicamente, apresentavadiscreta dor abdominal a palpação e orifício de entrada de FAF em regiãoparavertebral direita em nível de T12 com projétil palpável em 5ºEIC na linhahemiaxilar direita. Resultado USG FAST negativo e TC de abdome demonstrouperfuração diafragmática e pequena área de contusão hepática e pulmonar,com pouco líquido livre em cavidade abdominal. Optou-se por realizar TNO,tendo o paciente permanecido estável e sem alterações em exames físico elaboratoriais e recebido alta no 6º dia. Conclusões: Na maioria das vezes osangramento de lesão de fígado cessa espontaneamente, em relação à lesãodo diafragma direito, o fígado oferece proteção bloqueando o orifício da lesão,impedindo, a migração das vísceras para o tórax. Dessa forma, a opção derealizar TNO, quando as condições necessárias estão presentes, não é,apenas, cientificamente correta, mas eticamente justificável.Descargas
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