Redução da dose de radiação em tomografia computadorizada em crianças com traumatismo cranioencefálico não compromete o diagnóstico e a conduta

Autores/as

  • Mônica de Oliveira Bernardo PUC-SP/FCMS
  • Flávio Morgado
  • Fernando Antonio de Almeida PUC-SP/FCMS

DOI:

https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201630712

Palabras clave:

proteção radiológica, educação em saúde, tomografia, anormalidades induzidas por radiação, traumatismos cranioencefálicos

Resumen

Introdução: O aumento na disponibilidade e solicitação de tomografias computadorizadas para crianças traz preocupação pelo efeito deletério e cumulativo da radiação. O traumatismo cranioencefálico é uma situação em que a tomografia é frequentemente necessária. Objetivos: 1. Avaliar se a redução da dose de radiação da tomografia computadorizada de crânio em crianças com traumatismos cranioencefálicos prejudica o diagnóstico e a conduta; 2. Promover campanha de radioproteção em um serviço de saúde suplementar. Método: Selecionamos dois grupos de tomografias computadorizadas de crânio de crianças com traumatismo cranioencefálico: 30 previamente realizadas com doses de radiação habitual; e 30 realizadas durante o projeto, nas quais foi aplicado o protocolo The Alliance for Radiation Safety in Pediatric Imaging com redução de aproximadamente 50% da dose de radiação. As duas séries de exames foram apresentadas a 19 pediatras, 2 neurocirurgiões e 7 radiologistas que desconheciam as diferenças técnicas e responderam a um questionário. Resultados: Os profissionais não tiveram dificuldade em realizar o diagnóstico e estabelecer conduta com ambas as séries de exames. Quatro participantes observaram maior granulação das imagens nos exames com menor dose de radiação. Foi criada a campanha de radioproteção com distribuição de 17 mil carteiras de radioproteção para crianças até 12 anos. Os profissionais envolvidos e os pais aderiram forte e racionalmente à campanha. Conclusões: Foi possível reduzir a dose de radiação das tomografias computadorizadas em crianças com traumatismo cranioencefálico sem prejuízo ao diagnóstico e à conduta. A campanha de radioproteção foi efetiva e bem aceita pelos profissionais e familiares e irá se transformar em campanha nacional.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

Brenner DJ, Hall EJ. Computed tomography – an increasing source of radiation exposure. N Engl J Med. 2007;357(22):2277-84.

Rehani MM, Kushi JF. A study of smart card for radiation exposure history of patient. AJR Am J Roentgenol. 2013;200(4):780-2.

United Nations Scientific Committee on the Effects of Atomic Radiation. Sources, effects and risks of ionizing radiation. New York: UNSCEAR; 2013.

Naik KS, Ness LM, Bowker AM, Robinson PJ. Is computed tomography of the body overused? An audit of 2068 attendances in a large acute hospital. Br J Radiol. 1996;69(818):126-31.

Needham G. Making the best use of a department of clinical radiology – guidelines for doctors. Health Bull. 1996;54(5):406-9.

Mathews JD, Forsythe AV, Brady Z, Butler MW, Goergen SK, Byrnes GB, et al. Cancer risk in 680,000 people exposed to computed tomography scans in childhood or adolescence: data linkage study of 11 million Australians. BMJ. 2013;346:f2360.

Brenner D, Elliston C, Hall E, Berdon W. Estimated risks of radiation-induced fatal cancer from pediatric CT. AJR Am J Roentgenol. 2001;176(2):289-96.

Shimizu Y, Kato H, Schull WJ. Studies of the mortality of A-bomb survivors. 9. Mortality, 1950-1985: Part 2. Cancer mortality based on the recently revised doses (DS86). Radiat Res. 1990;121(2):120-41.

Preston DL, Kusumi S, Tomonaga M, Izumi S, Ron E, Kuramoto A, et al. Cancer incidence in atomic bomb survivors. Part III. Leukemia, lymphoma and multiple myeloma, 1950-1987. Radiat Res. 1994;137(2 Suppl):S68-97.

Gordon SW, Schandorf C, Yeboah J. Optimization of radiation protection for the control of occupational exposure in Ghana. Radiat Prot Dosimetry. 2011;147(3):386-93.

Royal HD. Effects of low level radiation-what’s new? Semin Nucl Med. 2008;38(5):392-402.

World Health Organization; International Agency for Research on Cancer. IARC Monographs on the evaluation of carcinogenic risks to humans: ionizing radiation, part I: X- and gamma (γ)- radiation, and neutrons. Lyon: IARC ; 2000. v. 75.

Pearce MS, Salotti JA, Little MP, McHugh K, Lee C, Kim KP, et al. Radiation exposure from CT scans in childhood and subsequent risk of leukaemia and brain tumours: a retrospective cohort study. Lancet. 2012;380(9840):499-505.

American College of Radiology. ACR Appropriateness Criteria® [Internet]. 2016 [Cited 2016 Dec 10] Available from: http://www.acr.org/Quality-Safety/Appropriateness-Criteria

Goske MJ, Applegate KE, Boylan J, Butler PF, Callahan MJ, Coley BD, et al. The Image Gently campaign: working together to change practice. AJR Am J Roentgenol. 2008;190(2):273-4.

Alsuwaidi JS, Albalooshi LG, Alawadhi HM, Rahanjam A, Elhallag MA, Ibrahim JS, et al. Continuous monitoring of CT dose indexes at Dubai hospital. AJR Am J Roentgenol. 2013;201(4):858-64.

Koizumi MS, Lebrão ML, Mello-Jorge MH, Primerano V. [Morbidity and mortality due to traumatic brain injury in São Paulo City, Brazil, 1997]. Arq Neuro-Psiquiatr. 2000;58(1):81-9.

Batlle JC, Hahn PF, Thrall JH, Lee SI. Patients imaged early during admission demonstrate reduced length of hospital stay: a retrospective cohort study of patients undergoing cross-sectional imaging. J Am Coll Radiol. 2010;7(4):269-76.

Paterson A, Frush DP. Dose reduction in paediatric MDCT: general principles. Clin Radiol. 2007;62(6):507-17.

Publicado

2017-01-23

Cómo citar

1.
Bernardo M de O, Morgado F, Almeida FA de. Redução da dose de radiação em tomografia computadorizada em crianças com traumatismo cranioencefálico não compromete o diagnóstico e a conduta. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 23 de enero de 2017 [citado 20 de diciembre de 2024];18(4):221-7. Disponible en: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/30712

Número

Sección

Artigo Original