As representações sociais dos usuários dos serviços de saúde sobre o homem na enfermagem

Autores/as

  • Welington Luis Lima Feliciano Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0003-0085-9619
  • Leni Boghossiam Lanza Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0002-9913-0969
  • Viviane Aparecida Bueno Pinto Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) – Sorocaba (SP), Brasil. http://orcid.org/0000-0002-3816-3505

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i1a4

Palabras clave:

enfermagem, enfermeiros, fatores sociológicos

Resumen

A predominância do sexo feminino na Enfermagem é histórica e ainda perceptível. O homem nessa atividade se fez presente em vários momentos históricos e ainda o é em outras culturas, mas em âmbito nacional não atinge 15%. Objetivo: Conhecer a percepção dos usuários do sistema de saúde da cidade de Sorocaba, São Paulo — Unidade de Saúde da Família e hospital — sobre a presença e a assistência de Enfermagem realizada pelo profissional do sexo masculino. Método: Estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevista oral, gravada, orientada por uma questão norteadora, além de formulário sociodemográfico. Os depoimentos foram organizados segundo o Discurso do Sujeito Coletivo, analisados e interpretados por meio da análise de conteúdo, modalidade temática. Resultados: Os depoentes predominantemente foram mulheres com mais de 30 anos de idade, ensino fundamental completo e casadas. Perceberam a tendência crescente masculina na Enfermagem e associaram a força física ao profissional masculino, reforçando a concepção de trabalho manual e feminino da profissão de Enfermagem. Sentiram-se constrangidas na presença do homem, mas revelaram a importância da competência profissional para atenuar o constrangimento diante da assistência masculina em situações de exames específicos da mulher. Conclusão: Apesar da inserção incipiente masculina na Enfermagem, observou-se que ainda há barreiras e paradigmas a serem desmistificados e superados, incluindo o preconceito. Detectou-se a escassez de estudos acerca dessa temática e espera-se, com a expansão da Atenção Básica à Saúde, que a visibilidade social do homem exercendo a Enfermagem aumente.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

Meyer DE. Teorias e políticas de gênero: fragmentos históricos e desafios atuais. Rev Bras Enferm. 2004;57(1):13-8. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672004000100003

Gomes BS, Carvalho CA, Silva IB, Pereira LS, Gama MO, Jesus NS. A identidade profissional da enfermagem numa perspectiva de gênero. In: Convibra Gestão, Educação e Promoção da Saúde [Internet]. 2013 [acesso em 20 out. 2017]. Disponível em: http://www.convibra.com.br/upload/paper/2013/80/2013_80_5723.pdf.

Pereira WR, Silva GB. A mulher, o trabalho e a enfermagem profissional: algumas reconsiderações sob a ótica do gênero. Texto Contexto Enferm. 1997;6(1):18-32.

Fonseca TMG. De mulher a enfermeira: conjugando trabalho e gênero. In: Lopes MML, Meyer DE, Waldow VR. Gênero e saúde. Porto Alegre: Artes Médicas; 1996. p.106-32.

Saffioti HIB. O poder do macho. São Paulo: Moderna; 1987.

Sauthier J, Barreira IA. As enfermeiras norte-americanas e o ensino de enfermagem na Capital do Brasil: 1921-31. Rio de Janeiro: Editora Anna Nery, UFRJ; 1999.

Pereira PF. Homens na enfermagem: atravessamentos de gênero na escolha, formação e exercício profissional [dissertação]. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2008.

Passos E. De anjos a mulheres: ideologias e valores na formação de enfermeiras. Salvador: EDUFBA; 2012. https://doi.org/10.7476/9788523211752

Lima MS, Bosco JF. De demônios a anjos discutindo o processo de construção e vivência da sexualidade das enfermeiras [trabalho de conclusão de curso]. Mossoró: Universidade do Estado do Rio Grande do Norte; 2005.

Rizzotto MLF. História da enfermagem e sua relação com a saúde pública. Goiânia: AB Editora; 1999.

Teixeira CM. As mulheres no mundo de trabalho: ação das mulheres no setor fabril, para a ocupação e democratização dos espaços público e privado. Psic: Teor e Pesq. 2009:25(2):237-44. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722009000200012

Gomes R. A construção social da masculinidade [resenha]. Cad Saúde Pública. 2006;22(5):1118. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2006000500027

Foucault M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal; 1999.

Lanza LB. Enfermeiros-homens: uma nova identidade em construção [tese]. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo; 2006.

Lopes MJM, Leal SMC. A feminização persistente na qualificação profissional da enfermagem brasileira. Cad Pagu. 2005;24:105-25. https://doi.org/10.1590/S0104-83332005000100006

Oxtoby K. Men in nursing. Nurs Times. 2003;99(32):20-3.

Jesus ES, Marques LR, Assis LCF, Alves TB, Freitas GF, Oguisso T. Preconceito na enfermagem: percepção de enfermeiros formados em diferentes décadas. Rev Esc Enferm USP. 2010;44(1):166-73. https://doi.org/10.1590/S0080-62342010000100024

Lefréve F, Lefréve AMC. O discurso do sujeito coletivo: um novo enfoque em pesquisa qualitativa. Caxias do Sul: EDUCS; 2003. (Desdobramentos).

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec; 1992.

Couto MT, Pinheiro TF, Valença O, Machin R, Silva GSN, Gomes R, et al. O homem na atenção primária à saúde: discutindo (in)visibilidade a partir da perspectiva de gênero. Interface Comunic Saúde Educ. 2010;14(33):257-70. https://doi.org/10.1590/S1414-32832010000200003

Albano BR, Basílio MC, Neves JB. Desafios para a inclusão dos homens nos serviços de atenção primária à saúde. Rev Enferm Integrada. 2010;3(2):554-63.

Ribeiro AC, Ramos LHD, Mandú ENT. Perfil sociodemográfico e profissional de enfermeiros de um hospital público de Cuiabá-MT. Ciênc Cuid Saúde. 2014;13(4):625-33. https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v13i4.20480

Corrêa ACP, Araújo EF, Ribeiro AC, Pedrosa ICF. Perfil sociodemográfico e profissional dos enfermeiros da atenção básica à saúde de Cuiabá – Mato Grosso. Rev Eletr Enferm. 2012;14(1):171-80. https://doi.org/10.5216/ree.v14i1.12491

Machado MH, Aguiar Filho W, Lacerda WF, Oliveira E, Lemos W, Wermelinger M, et al. Características gerais da enfermagem: perfil sociodemográfico. Enferm Foco. 2015;6(1/4):11-7.

Vitorino DFP, Hertel VL, Simões IAR. Percepção de moradores de uma cidade de Minas Gerais sobre o profissional de enfermagem do gênero masculino. Rev Min Enferm. 2012;16(4):528-37. https://doi.org/S1415-27622012000400008

Camelo SHH, Angerami ELS. Competência profissional: a construção de conceitos, estratégias desenvolvidas pelos serviços de saúde e implicações para a Enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2013;22(2):552-60. https://doi.org/10.1590/S0104-07072013000200034

Jorge RJB, Diógenes MAR, Mendonça FAC, Sampaio LRL, Jorge Júnior R. Exame Papanicolau: sentimentos relatados por profissionais de enfermagem. Ciênc Saúde Coletiva. 2011;16(5):2443-51. https://doi.org/10.1590/S1413-81232011000500013

Evan JA. Cautions caregivers: gender stereotypes and the sexualization of men nurses’ touch. J Adv Nurs. 2002;40(4):441-8. https://doi.org/10.1046/j.1365-2648.2002.02392.x

Coelho EAC. Gênero, saúde e enfermagem. Rev Bras Enferm. 2005;58(3):345-8. https://doi.org/10.1590/S0034-71672005000300018

Costa KS. Homens na enfermagem: inserção, vivência e trajetória profissional [dissertação]. São Paulo: Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2016.

Ferreira MLSM. Motivos que influenciam a nãorealização do exame de Papanicolau segundo a percepção de mulheres. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2009;13(2):378-84. https://doi.org/10.1590/S1414-81452009000200020

Machado WCA. Gênero, saúde e enfermagem: a inserção do masculino no cuidado de enfermagem. Online Braz J Nurs. 2004;3(2):58-68. https://doi.org/10.5935/1676-4285.20040021

Lunardi Filho WD. O mito da subalternidade do trabalho da enfermagem à medicina [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde; 1998.

Publicado

2019-06-06

Cómo citar

1.
Feliciano WLL, Lanza LB, Pinto VAB. As representações sociais dos usuários dos serviços de saúde sobre o homem na enfermagem. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 6 de junio de 2019 [citado 21 de noviembre de 2024];21(1):15-21. Disponible en: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/35127

Número

Sección

Artigo Original