Heterogeneidade nas diretrizes do câncer de mama: Ministério da Saúde e Secretarias Municipais de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2019v21i1a5Palabras clave:
neoplasias da mama, Sistema Único de Saúde, protocolos clínicos, protocolos, saúde públicaResumen
Introdução: Entre as mulheres, a neoplasia maligna de mama é responsável por 20% da incidência de câncer e por 14% do total de mortes associadas às neoplasias. O Ministério da Saúde brasileiro definiu estratégias a serem priorizadas e elaborou documentos de consenso com recomendações para a prevenção, a detecção precoce, o diagnóstico, o tratamento e os cuidados paliativos para o câncer de mama. Embora haja essa definição, as secretarias de saúde criam seus próprios protocolos ou utilizam outras recomendações. Objetivo: Verificar os protocolos existentes e compará-los com o do Ministério da Saúde. Métodos: Foi realizada revisão da literatura nas bases de dados PubMed, Scopus, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico, utilizando-se os termos: “neoplasias da mama”, “sistema único de saúde”, “protocolos” e “protocolos clínicos”. Resultados: Foram encontrados 123 resultados; destes, 44 foram selecionados para leitura completa, permanecendo 10 trabalhos para esta revisão. Foi identificado que os protocolos das secretarias de saúde divergem do protocolo nacional quanto a fatores de risco considerados, papel da atenção básica, idade indicada para início de exames de prevenção, assim como a periodicidade indicada de exames. Conclusão: De acordo com esta revisão, existem divergências entre as diretrizes dos municípios e a nacional quanto ao câncer de mama. O desconhecimento sobre o protocolo nacional pode causar gastos desnecessários, destacando-se a necessidade de uniformização ou embasamento das ações tomadas para o desenvolvimento e a avaliação de programas de prevenção e tratamento do câncer de mama, objetivando a diminuição da mortalidade decorrida desse agravo.
Descargas
Métricas
Citas
Naves MMV, Quintanilha MIGD, Inumaru LE. Nutrição e prevenção de câncer: evidências, metas de saúde pública e recomendações individuais. Nutr Pauta. 2008;16:40-5.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Controle dos cânceres do colo do útero e mama. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2013. (Cadernos de Atenção Básica, n. 13).
Belo Horizonte. Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Prevenção e controle do câncer de mama: protocolos de atenção à saúde da mulher [Internet]. 2008 [acessado em 1º out. 2016]. Disponível em: http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/protocolos/protocolocancerdemama.pdf
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2014: incidência de câncer no Brasil [Internet]. Rio de Janeiro: INCA; 2014 [acessado em 17 fev. 2017]. Disponível em: http://www.inca.gov.br/bvscontrolecancer/publicacoes/Estimativa_2014.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Rastreamento do câncer de mama. Nota técnica conjunta 11/2013 [Internet]. 2013 [acessado em 11 dez. 2016]. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connecta7973e0041bda572b9fefd4c0453ee90/Nota+conjunta+mamografia+2013.pdf?MOD=AJPERES&CACHEID=a7973e0041bda572b9fef d4c0453ee90
Tristão FI, Lima RCD, Lima EFA, Andrade MAC. Acessibilidade e utilização na atenção básica: reflexões sobre o absenteísmo dos usuários. Rev Bras Pesq Saúde. 2016;18(1):54-61. https://doi.org/10.21722/rbps.v18i1.15134
Porto Alegre. Secretaria Municipal de Saúde. Assessoria de Planejamento e Programação. Protocolo de rastreamento e detecção precoce do câncer de mama no município de Porto Alegre [Internet]. 2008 [acessado em 1º out. 2016]. Disponível em: http://lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/sms/usu_doc/protocolo_de_rastreamento_e_deteccao_precoce_do_cancer_de_mama_do_municipio_de_porto_alegre.pdf
São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. Manual técnico: normatização das rotinas e procedimentos de enfermagem nas Unidades Básicas de Saúde. 2ª ed. São Paulo: Secretaria Municipal de Saúde; 2012 [acessado em 1º out. 2016]. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/enfermagem/ManualTecnico.pdf
Florianópolis. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo de Atenção Integral à Saúde da Mulher [Internet]. Florianópolis: Secretaria Municipal de Saúde; 2010 [acessado em 1º out. 2016]. Disponível em: http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/pdf/16_09_2010_12.38.44.8fb1f9bd6b11e6d031dfee2edc086bbb.pdf
Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, Prefeitura do Rio de Janeiro. Protocolos de enfermagem na atenção primária à saúde [Internet]. Rio de Janeiro: Coren RJ; 2012 [acessado em 1º out. 2016]. Disponível em: http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/4446958/4111921/enfermagem.pdf
Duarte OD. Análise da avaliação e do contexto de implantação do programa de assistência integral à saúde da mulher no distrito sanitário III de Recife [dissertação]. Rio de Janeiro: Departamento de Estudos em Saúde Coletiva do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz; 2002.
Moraes DC, Almeida AM, Figueiredo EN, Loyola EAC, Panobianco MS. Opportunistic screening actions for breast cancer performed by nurses working in primary health care. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):14-21. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100002
Gonçalves LLC. Trajetória de mulheres com câncer de mama: dos sinais e sintomas ao tratamento[tese]. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; Universidade Federal do Sergipe; 2013.
Jácome EM. Detecção do câncer de mama: conhecimento, atitude e prática dos médicos e enfermeiros da estratégia saúde da família de Mossoró (RN) [dissertação]. Fortaleza: Universidade de Fortaleza; 2009.
Moraes DC, Almeida AM, Figueiredo EN, Loyola EAC, Panobianco MS. Rastreamento oportunístico do câncer de mama desenvolvido por enfermeiros da Atenção Primária à Saúde. Rev Esc Enferm USP. 2016;50(1):14-21. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100002
Mattedi JPP, Quintanilha BC, Wandekoken KD, Dallbelo-Araújo MD. Educação versus gestão: impasses da educação permanente em saúde. Rev Bras Pesq Saúde. 2016;18(1):77-86. https://doi.org/10.21722/rbps.v18i1.15138
Ohl ICB, Ohl RIB, Chavaglia SRR, Goldman RE. Ações públicas para o controle do câncer de mama no Brasil: revisão integrativa. Rev Bras Enferm. 2016;69(4):793-803. https://doi.org/10.1590/0034-7167.2016690424i
Londrina. Prevenção do câncer de colo de útero e mama: protocolo [Internet]. Londrina: Prefeitura de Londrina; 2006 [acessado em 1º out. 2016]. Disponível em: http://www1.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storage/sec_saude/protocolos_clinicos_saude/2_prot_mulher_cancer_utero%20_mama.pdf
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.