Esquizofrenia e transtorno relacionado ao álcool
Resumen
Introdução: A Esquizofrenia é um transtorno severo caracterizado pela distorção de pensamento e percepção, e inadequação emotiva. Com incidência anual entre 0,1-0,7 novos casos para cada 1.000 habitantes, a doença atinge cerca de 0,4% de população mundial, segundo a Organização Mundial de Saúde. A doença é prevalente tanto no sexo masculino como no feminino, apesar de apresentar início precoce no sexo masculino e, no sexo feminino, dois picos de ocorrência – a primeira ocorrência é por volta dos 15 aos 25 anos e a segunda, por volta dos 25-35 anos. Relato de Caso: Paciente masculino, 44 anos, branco, natural de Ortigueira – PR, procedente de Sorocaba – SP, desempregado, solteiro, escolaridade até a 4a série, religião católica. Paciente chegou ao hospital com história de alta ingesta de álcool há 3 dias e parou de tomar as medicações: Haloperidol 5mg (1/2-o-1/2), Prometazina 25mg (1-0-1), Clorpromazina 100mg (0-0-1), mas que antes disso estava há 3 anos sem ingerir álcool e fazia o tratamento corretamente acompanhando no CAPS, desde a sua única internação no hospital Vera Cruz (há 3 anos). Antes dessa primeira internação, D. irmão mais novo do paciente que o acompanha, refere que ele teve um histórico de alcoolismo (1L de destilado ao dia) durante 15 anos. O paciente mora com a mãe de 72 anos que conjuntamente com os filhos o levaram para a UPA do Éden, onde passou 2 dias e foi encaminhado à enfermaria do CHS. Discussão: Considerando a classificação de esquizofrenia, temos alguns pontos interessantes: paciente apresenta: alucinações auditivas; discurso desorganizado; comportamento grosseiramente desorganizado; expressão emocional diminuída; incapaz de atingir o nível de relações interpessoais, autocuidado, acadêmico e profissional esperado; Quanto ao tempo de persistência dos sintomas nesta internação, com o tratamento esvaíram-se antes do primeiro mês e enquanto esteve internado manteve sinais prodrômicos do item 5: expressão emocional diminuída. Conclusão: Na psiquiatria os diagnósticos não são simples de serem efetuados, uma vez que os complexos psíquicos dos pacientes constituem-se de entrelaçamentos e situações muito mais amplas do que as combinações possíveis de serem feitas em um prontuário. Contudo, a combinação de uma investigação clínica com uma boa relação médico paciente proporcionada no caso em questão, por exemplo, é essencial no tratamento.Descargas
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