Pedidos de ecocardiograma pediátricos são feitos de maneira adequada?

Autores

  • Glória Zanelato Campagnone
  • Larissa Tami Sugiyama
  • Mariana Fidelis Solla

Palavras-chave:

cardiologia, pediatria

Resumo

Introdução: O uso indiscriminado de exames complementares traz gastos financeiros expressivos e desnecessários para o governo bem como consequências para os pacientes, como exposição à iatrogenia. A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) criou as Diretrizes das Indicações de Ecocardiografia a fim de guiar o médico e melhorar essa realidade. Objetivos: Analisar os pedidos de ecocardiograma transtorácico (ETT) para a população pediátrica quanto a sua adequação, origem geográfica, etiologia, de acordo com o sexo da criança e quanto às características do médico solicitante (tempo de formado, especialidade) e verificar a taxa de pedidos inadequados segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Metodologia: Estudo observacional analítico em que se avaliou 164 solicitações de ETT no CHS, entre agosto de 2016 e maio de 2017. Foram classificadas como inadequadas as solicitações que se enquadraram na classe III da classificação de evidências segundo as “Diretrizes das Indicações da Ecocardiografia” e as que não apresentaram descrição clínica na solicitação do exame. Os dados obtidos foram testados estatisticamente com o teste exato de Fisher. Resultados: Encontramos 38,4% de solicitações inadequadas sendo a maioria devido a solicitações preenchidas de forma inadequada. Conclusões: Concluímos que o número de solicitações inadequadas é expressivo, contribuindo para um sistema de saúde lento, oneroso e ineficiente.

Publicado

2018-11-28

Como Citar

Campagnone, G. Z., Sugiyama, L. T., & Solla, M. F. (2018). Pedidos de ecocardiograma pediátricos são feitos de maneira adequada?. Revista Da Faculdade De Ciências Médicas De Sorocaba, 19(Supl.). Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/40263