Íleo biliar

Autores/as

  • José Mauro da Silva Rodrigues
  • Ricardo Purchio Galletti
  • Alexandre Vicente de Andrade
  • Leticia Francine Duarte de Oliveira
  • Leticia Buzacarini Alvim
  • Leonardo Hideki Ikeda
  • Marina Oliveira de Matos Silva
  • Henrique Alvares Pessoa
  • Samira Kaan Blaas
  • Dorival Manrique Duarte Junior

Palabras clave:

cálculos biliares, íleo, fístula bilioentérica, obstrução intestinal

Resumen

Introdução: O íleo biliar representa de 1 a 4% dos casos de obstrução intestinal mecânica. É a obstrução intestinal causada pela presença de grande cálculo biliar que, migrando através de fístula bilioentérica ocasionada por prévia inflamação da vesícula biliar, oclui o segmento distal do íleo, próximo à válvula íleocecal, ou mais raramente, ao sigmóide2. Relato do caso: RLG, feminina, 68 anos, com antecedente de colelitíase, foi admitida no CHS com queixa de dor em fossa ilíaca esquerda (FIE) acompanhada de vômitos biliosos há 3 dias, associados à obstipação há 1 dia. Ao exame físico mostrava-se REG, corada, desidratada. Estável hemodinamicamente com PA: 90x60mmHg, FC: 90bpm e FR: 22ipm. O abdome mostrava-se distendido, flácido, doloroso à palpação de FIE, hipogástrio Efid. RHA aumentados em hemiabdome esquerdo, com DB positivo. Foi submetida à TC de abdome que demonstrou vesícula biliar tópica, normodistendida, de paredes espessadas e aerobilia, sugestivas de cálculos no seu interior medindo até 2,2cm. Imagem hiperdensa, de contornos regulares e de situação intraluminal na quarta porção duodenal associada a leve dilatação das alças entéricas à montante, com conteúdo líquido formando nível hidroaéreo. Achados sugestivos de suboclusão intestinal por provável íleo biliar. Após 3 dias de internação sem melhora clínica do quadro foi indicada uma laparotomia, que evidenciou bloqueio de epíplon em vesícula biliar e presença de cálculo biliar de 6cm. Cálculo biliar de, aproximadamente, 8cm impactado em delgado à 200cm do Treitz, com moderada dilatação a montante da obstrução. Optou-se pela realização de enterotomia com retirada do cálculo, seguida de enterorrafia sem manipulações da vesícula biliar. A cirurgia ocorreu sem intercorrências e a paciente apresentou boa evolução, recendo alta hospitalar no terceiro dia de pós operatório, sendo encaminhada para seguimento ambulatorial no CHS. Conclusão: Conclui-se qo íle biliar é uma causa pouco frequente de abdome agudo obstrutivo e o caso relatado acima ilustra a importância da inclusão desta patologia no seu diagnóstico diferencial, principalmente em pacientes idosos. Em nosso relato, foi optado por enterotomia simples com programação de manejo da via biliar em segundo tempo dado o quadro de estado geral da paciente.

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Publicado

2018-11-28

Cómo citar

1.
Rodrigues JM da S, Galletti RP, Andrade AV de, Oliveira LFD de, Alvim LB, Ikeda LH, Silva MO de M, Pessoa HA, Blaas SK, Duarte Junior DM. Íleo biliar. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 28 de noviembre de 2018 [citado 21 de diciembre de 2024];19(Supl.). Disponible en: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/40324