Avaliação audiológica de pacientes com doença falciforme

Autores/as

  • Rafael Vicente Lucena Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Sorocaba (SP) - Brasil. http://orcid.org/0000-0003-1392-4213
  • Amanda Feliciano Silva Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Sorocaba (SP) - Brasil. https://orcid.org/0000-0002-9860-6240
  • Vera Lucia Nascimento Blaia D’Avila Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Sorocaba (SP) - Brasil. https://orcid.org/0000-0003-0134-3796
  • Godofredo Campos Borges Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Sorocaba (SP) - Brasil. http://orcid.org/0000-0003-4588-2505
  • José Jarjura Jorge Junior Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde. Sorocaba (SP) - Brasil. http://orcid.org/0000-0002-9951-1657

DOI:

https://doi.org/10.23925/1984-4840.2020v22i1a5

Palabras clave:

anemia falciforme, perda auditiva, hemoglobinopatias, prevalência, adulto.

Resumen

Objetivos: Os objetivos deste estudo foram avaliar a prevalência de perda auditiva em pacientes diagnosticados com doença falciforme (DF) acompanhados no Ambulatório de Hematologia do Conjunto Hospitalar de Sorocaba e correlacionar os achados com o tipo de hemoglobinopatia. Métodos: Neste estudo, foram incluídos 19 pacientes com diagnóstico de DF, sendo 68% da forma homozigota da hemoglobina S (SS); 16% do tipo hemoglobinopatia SC; e 16%, S-β-talassemia. Em cada paciente, foram realizados anamnese direcionada, exame físico otorrinolaringológico e avaliação audiológica com audiometria tonal, vocal e imitanciometria. Do total da amostra, 37% apresentou alguma alteração na audiometria tonal e a média dos limiares mostrou tendência a ser maior nas altas frequências. Resultados: Na amostra, foram encontrados um paciente (5%) com perda auditiva de grau leve a moderado bilateralmente e seis pacientes (32%) com limiares >25 dB em frequências de 250, 6.000 ou 8.000 Hz em um ou ambos os ouvidos. Não foi observada alteração do Índice de Reconhecimento de Fala (IRF) em nenhum paciente e a imitanciometria mostrou-se com curva Tipo A em 100% dos ouvidos avaliados. A relação do tipo de hemoglobinopatia e a presença ou não de perda auditiva não foram significantes. Conclusão: Assim como descrito na literatura, observou-se, neste estudo, a presença de perda auditiva neurossensorial, principalmente em altas frequências, nos pacientes com DF avaliados. Portanto, conclui-se que é de extrema importância o monitoramento audiológico desses pacientes.

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Citas

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Publicado

2021-01-28

Cómo citar

1.
Lucena RV, Silva AF, D’Avila VLNB, Borges GC, Jorge Junior JJ. Avaliação audiológica de pacientes com doença falciforme. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 28 de enero de 2021 [citado 20 de diciembre de 2024];22(1):23-6. Disponible en: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/40842

Número

Sección

Artigo Original