Dificuldade do atendimento médico a pessoas com deficiência auditiva severa
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2021v23i1a3Palabras clave:
Perda Auditiva, Cuidados Médicos, Barreiras de Comunicação, Comunicação Manual, Línguas de SinaisResumen
Objetivo: Analisar limitações e adaptações do atendimento médico aos pacientes com deficiência auditiva. Material e Métodos: Estudo analítico-descritivo, observacional, transversal e quantitativo. Foram entrevistados 50 professores médicos de uma Instituição de Ensino Superior (IES) que aceitaram fazer parte da pesquisa. Resultados: Observou-se que a maior parte tinha de 36 a 45 anos (38%), com média geral de 42,8 anos. Mais da metade era do sexo feminino (58%) e formou-se na graduação entre os anos de 1991 a 2010 (30 médicos, ou 60% do total). A maioria é formada em clínica médica (16%) e pediatria (12%) e 94% dos médicos já atenderam paciente com deficiência auditiva. O número de médicos que fizeram curso da Libras e se formaram entre 2011 e 2016 foi superior ao dos anos anteriores. Discussão: A maioria dos médicos sentiu-se desconfortável em atender um paciente com essa deficiência por desconhecimento da língua, sendo este um fator que encontra amparo na literatura. As instituições oferecem o curso ou uma disciplina de libras de formato opcional. Conclusão: A grande maioria dos médicos se sentiu desconfortável por não conseguir uma comunicação efetiva, apresentaram dificuldade em coletar anamnese e não faziam um receituário diferente, podendo comprometer a adesão ao tratamento. A maioria acredita que o aprendizado de Libras seria a solução, mas apenas quatro realizaram algum curso.
Descargas
Métricas
Citas
Vieira CM, Caniato DG, Yonemotu BPR. Comunicação e acessibilidade: percepções de pessoas com deficiência auditiva sobre seu atendimento nos serviços de saúde. RECIIS (Online). 2017;11(2):1-12. doi: https://doi.org/10.29397/reciis.v11i2.1139
Dias A, Coutinho C, Gaspar D, Moeller L, Mamede M. Libras na formação médica: possibilidade de quebra da barreira comunicativa e melhora na relação médico-paciente surdo. Rev Med (São Paulo). 2017;96(4):209-14.
Nobrega JD, Munguba MC, Pontes RJS. Atenção à saúde e surdez: desafios para implantação da rede de cuidados à pessoa com deficiência. Rev Bras Promoç Saúde. 2017;30(3):1-10. doi: http://dx.doi.org/10.5020/18061230.2017.6176
Neves DB, Felipe IMA, Nunes SPH. Atendimento aos surdos nos serviços de saúde: acessibilidade e obstáculos. Infarma Ciênc Farm. 2016;28(3):157-65. doi: http://dx.doi.org/10.14450/2318-9312.v28.e3.a2016.pp157-165
Oliveira YCA, Celino SDM, Costa GMC. Comunicação como ferramenta essencial para assistência à saúde dos surdos. Physis. 2015;25(1):307-20. doi: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-73312015000100017
Pires HF, Almeida MAPT. A percepção do surdo sobre o atendimento nos serviços de saúde. Rev Enferm Contemp. 2016;5(1):68-77. doi: http://dx.doi.org/10.17267/2317-3378rec.v5i1.912
Oliveira YCA, Celino SDM, França ISX, Pagliuca LMF, Costa GMC. Acessibilidade da pessoa surda à rede pública de serviços de saúde. J Nurs UFPE. 2015;9(7):9018-26. doi: https://doi.org/10.5205/1981-8963-v9i7a10693p9018-9026-2015
França EG, Pontes MA, Costa GMC, França ISX. Dificuldades de profissionais na atenção à saúde da pessoa com surdez severa. Ciênc Enferm. 2016;22(3):107-16. doi: http://dx.doi.org/10.4067/S0717-95532016000300107
Sousa EM, Almeida MPT. Atendimento ao surdo na atenção básica: perspectiva da equipe multidisciplinar. Rev Psicol. 2017;10(33):72-82. doi: https://doi.org/10.14295/idonline.v10i33.589
Gomes LF, Machado FC, Lopes MM, Oliveira RS, Holanda BM, Silva LB, et al. Conhecimento de Libras pelos médicos do Distrito Federal e atendimento ao paciente surdo. Rev Bras Educ Méd. 2017;41(4):551-6. doi: https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n3rb20160076
Cotta BSS, Araújo AM, Souza ACCR, Oliveira AP, Lages KS. A dificuldade no atendimento médico às pessoas surdas. Rev Interdisc Ciênc Méd. 2019;3(1):3-9.
Ramos TS, Almeida MAPT. A importância do ensino de LIBRAS: relevância para os profissionais de saúde. ID on Line Rev Psicol. 2017;10(33):116-26. doi: https://doi.org/10.14295/idonline.v10i33.606
Chaveiro N, Barbosa MA. Assistência ao surdo na área de saúde como fator de inclusão social. Rev Esc Enferm USP 2005;39(4):417-22. doi: https://doi.org/10.1590/S0080-62342005000400007
Lopes RM, Vianna NG, Silva EM. Comunicação do surdo com profissionais de saúde na busca da integralidade. Rev Saúde Pesq. 2017;10(2):213-22. doi: https://doi.org/10.17765/2176-9206.2017v10n2p213-221
Aragão JS, Magalhães IMO, Coura AS, Silva AFR, Cruz GKP, França ISX. Access and communication of deaf adults: a voice silenced in health services. R Pesq Cuid Fundam Online. 2014;6(1):1-7. doi: http://dx.doi.org/10.9789/2175-5361.rpcfo.v6.2989
Oliveira YCA, Celino SDM, França ISX, Pagliuca LMF, Costa GMC. Conhecimento de fonte de informações de pessoas surdas sobre saúde doença. Interface (Botucatu). 2015;19(54):549-6. doi: https://doi.org/10.1590/1807-57622014.0265
Rocha CAS, Carvalho SAS, Roberto ACF, Oliveira EMP, Melo IM, Guerra LB. Formação de profissionais da saúde e acessibilidade do surdo ao atendimento em saúde: contribuições do projeto “Comunica”. Interfaces Rev Extensão UFMG. 2017;5(1):112-28.
Lessa RTC, Andrade EGS. Libras e o atendimento ao cliente surdo no âmbito da saúde. Revisa Rev Cient Sena Aires. 2016;5(2):95-104.
Moura CMAB, Leal MEA. Libras na Saúde – Ensino da língua brasileira de sinais para acadêmicos e profissionais de saúde. Rev Prát Ext. 2019;3(1):2-7.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.