Colestase intra-hepática da gravidez
uma série de casos
Palabras clave:
Colestase Intra-Hepática, Complicações na Gravidez, PruridoResumen
Introdução: A colestase intra-hepática da gravidez (CIHG) cursa com prurido generalizado no 2o e 3o trimestres, elevação de transaminases e ácidos biliares (AB), com regressão 2-3 semanas pós-parto. A incidência é de 0,5 a 2 %, maior em gemelar, com recorrência em 45 a 70%. O prurido é de intensidade variável, com piora à noite, maior em regiões palmares e plantares, sem lesão da pele. Após 1-4 semanas do início pode haver icterícia leve e elevação de bilirrubinas. A etiologia não é bem conhecida; há fatores predisponentes ambientais, geográficos, nutricionais, hormonais, predisposição genética familiar, com possíveis mutações gênicas. O diagnóstico é clínico, associado à dosagem de AB maior que 10 μmol/L. Cursa com mau desfecho obstétrico, parto prematuro, sofrimento fetal, óbito por estresse oxidativo na placenta e alterações na função miocárdica fetal. O tratamento é polêmico, há defensores da conduta expectante, com controle da vitalidade fetal até o termo. A terapêutica com ácido ursodesoxicólico (AUDC) é a mais utilizada. Caso 1: Paciente, 34 anos, 5G4P, com prurido corporal desde 31 semanas, maior em palmas das mãos e plantas dos pés e piora à noite. Última gestação com prurido a partir do 7o mês, sem tratamento e parto normal de termo, natimorto com 2100g. Exames: AST 60, ALT 78, BT 0,91, FA 386. Realizou cardiotocografia (CTG) semanal e ultrassonografia quinzenal. Usou AUDC 300mg/dia desde 31 semanas até 2 dias antes do parto, com melhora do prurido e exames normais. Amniorrexe prematura com 37 semanas e 4 dias, parto normal, RN feminino, peso 3340g. O prurido sumiu 2 dias após. Caso 2: Paciente, 30 anos, 3G2P, prurido desde 30 semanas. Última gestação com prurido após 33 semanas, sem tratamento, cesárea com 35 semanas e 2 dias por mecônio e sofrimento fetal. Na atual gestação foi internada por alterações da função hepática e piora do prurido, com BT 0,52, AST 179, ALT 124, FA 200, GGT 115. Tomou AUDC 300mg/dia por 2 dias, com melhora do prurido. Apresentou CTG com desacelerações tardias com 36 semanas e 3 dias, submetida a cesárea. RN feminino, peso 2780g, Apgar 8/9 com boa evolução. Os exames e o prurido melhoraram 3 dias depois. Discussão: Apesar da dosagem de AB indisponível no serviço, o quadro clínico de CIHG foi evidente. Conclusão: a CIHG tem poucas repercussões maternas porém piora o desfecho perinatal.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Os autores no momento da submissão transferem os direitos autorais, assim, os manuscritos publicados passam a ser propriedade da revista.
O conteúdo do periódico está licenciado sob uma Licença Creative Commons 4.0, esta licença permite o livre acesso imediato ao trabalho e que qualquer usuário leia, baixe, copie, distribua, imprima, pesquise ou vincule aos textos completos dos artigos, rastreando-os para indexação, passá-los como dados para o software, ou usá-los para qualquer outra finalidade legal.