A morbidade do retalho neurovascular dorsal do pé é aceitável?
Palabras clave:
Complicações Pós-Operatórias, Extremidade Inferior, Extremidade Superior, Pé, Retalhos CirúrgicosResumen
Introdução: Uma cobertura adequada nas lesões complicadas das extremidades, em especial nas mãos é um problema desafiador, principalmente quando estruturas, como ossos, tendões, nervos e vasos são expostas. Vários retalhos têm em sido descritos para revestir essas lesões. O retalho neurovascular dorsal do pé, apresenta diversas vantagens que o tornam ideal para cobertura de lesões da mão. No entanto, o emprego deste retalho tem sido questionado devido às sequelas na área doadora. Objetivo: Analisar a morbidade na área doadora do retalho neurovascular dorsal do pé no tratamento de lesões traumáticas com perda tecidual das mãos. Material e métodos: oito retalhos neurovasculares dorsais do pé foram utilizados para reconstrução das mãos de oito pacientes, entre 1983 e 2003, todos do sexo masculino, com idade variando de 21 e 53 anos (média 34,6 / dp ± 10,5 anos). a dimensão das lesões variou de 35 a 78 cm2, com média de 53 ± 14,4 cm2. Os procedimentos cirúrgicos foram realizados de dois a 21 dias após a ocorrência da lesão. O seguimento médio dos pacientes foi de 10,3 anos (variando de 8 a 14, dp ± 2,1 anos). Resultados: Com relação a área doadora, em um caso ocorreu a formação de hematoma, que foi drenado, em outro foi necessário a revisão do enxerto de pele. todos os pacientes apresentaram retardo de cicatrização, que só se completou entre 2 até 12 meses após a cirurgia (média de 4,3 ± 3,2 meses). Conclusão: Apesar das vantagens proporcionadas pelo retalho neurovascular dorsal do pé, consideramos que a sequela na área doadora é inaceitável. sua indicação, no momento atual, só se justificaria como no caso 4, quando associada à transferência do segundo artelho.
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