Efeito da postura prona no manejo de pacientes não intubados com insuficiência respiratória aguda ocasionada pela SARS-CoV-2
estudo retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-4840.2022v24i1/4a6Palabras clave:
decúbito ventral, COVID-19, SARS-CoV-2, APACHE, tempo de internaçãoResumen
A pandemia de SARS-CoV-2, mais conhecida como COVID-19, trouxe grandes desafios à equipe multiprofissional no que se refere ao cuidado desses pacientes. Podendo se agravar, essa doença chega a causar a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Algumas condições que influenciam no risco de gravidade da doença são idade avançada, comorbidades e sexo masculino. Estudos relataram que a postura prona é utilizada para tratar insuficiência respiratória aguda hipoxêmica em pacientes com COVID-19 não intubados, atuando através da melhora da troca gasosa. Estudos apontam a necessidade de identificar subpopulações de pacientes com SDRA devido à COVID-19 que podem se beneficiar da postura prona ativa. Objetivo: verificar os efeitos da postura prona ativa e sua relação com gênero, comorbidades, faixa etária, comprometimento pulmonar, escore APACHE e dias de internação na UTI. Método: trata-se de um estudo observacional, transversal e retrospectivo, realizado por meio de análise dos prontuários. Os pacientes foram classificados de acordo com a realização ou não da postura prona ativa durante o período de internação na UTI. Resultado: foi constatado que existe uma diferença significativa entre as distribuições de frequências do gênero nos dois grupos (p=0.019). O grupo que realizou a postura prona ativa foi composto majoritariamente por pacientes do gênero masculino (70%). Existe diferença significativa entre os escores APACHE nos dois grupos (p=0.03). Existe diferença significativa entre o tempo de internação na UTI entre os grupos (p=0.04). Nenhum paciente foi intubado ou a óbito. Conclusão: a postura prona ativa pode ser um procedimento seguro e factível.
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