Puberdade precoce central durante o isolamento social da pandemia de COVID-19
Palabras clave:
puberdade precoce central, hábitos alimentares, estresse psicológico, atividade física, pandemia da COVID-19Resumen
Introdução: o isolamento social em função da pandemia da COVID-19 trouxe consigo uma mudança de hábitos alimentares, práticas de atividades física e estresse psicológico. Concomitantemente foi constado um aumento do número de casos de puberdade precoce neste período. Esta patologia é definida como o início do desenvolvimento de caracteres sexuais secundários, aceleração de crescimento e amadurecimento ósseo antes do limite inferior de idade considerado para cada gênero. Objetivo: este trabalho visa relacionar as mudanças dos hábitos alimentares, atividade física e estresse psicológico que ocorreram no período de isolamento social em função da pandemia do COVID-19 com o aumento dos casos de puberdade precoce central. Metodologia: trata-se de um estudo observacional, longitudinal, quantitativo, descritivo, realizado com crianças diagnosticadas com puberdade precoce central durante o período da pandemia da COVID-19 (2020-2022). As informações serão obtidas através da revisão de prontuários dos pacientes e aplicação de questionários no ambulatório de endócrino-pediatria do CHS/SECONCI, Policlínica Municipal de Sorocaba e clínicas particulares de endocrinologia pediátrica de Sorocaba. trabalho aprovado pelo comitê de ética. Resultados: em nosso estudo sobre puberdade precoce central (PPC) em crianças durante a pandemia de COVID-19 (2020-2022), encontramos uma maior prevalência da condição em meninas (30:1), e a maioria das crianças iniciou os sintomas aos sete anos. cerca de 58% dos pacientes estavam com sobrepeso ou obesidade, corroborando a relação entre PPC e IMC elevado. além disso, 45% dos pacientes apresentaram histórico familiar positivo para PPC, indicando fatores genéticos. o período de isolamento social durante a pandemia contribuiu para mudanças de comportamento em 58% das crianças, associadas a maior estresse psicológico, que pode estar relacionado ao aumento da incidência de PPC. A redução na prática de atividades físicas foi observada em 74% dos casos. Todos os pacientes receberam tratamento com o análogo de GNRH leuprorrelina. Os dados sugerem um possível impacto da pandemia na incidência de PPC, mas são necessárias mais pesquisas para confirmar essa relação. Conclusão: a PPC é uma condição que afeta o sistema endócrino, especificamente o eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, levando a um amadurecimento sexual prematuro em crianças. Nossas investigações revelaram indícios que apontam para uma possível associação entre a pandemia de COVID-19 e o aumento da incidência de PPC em crianças.
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