Otoplastia: estudo epidemiológico e ensino em hospital universitário

Resumo

Introdução: A orelha de abano é a deformidade congênita mais comum da orelha externa, sendo encontrada em 5% da população caucasiana. Podem acontecer em uma mesma família, com ambos os sexos sendo afetados igualmente. É um distúrbio autossômico dominante, que geralmente desenvolvem-se a partir de dois defeitos anatômicos: uma prega de antihelice ausente ou hipodesenvolvida e uma hipertrofia de cartilagem conchal. Método: Estudo retrospectivo que avaliou 91 orelhas de 47 pacientes submetidos a otoplastia, de junho de 2011 até dezembro de 2013, no serviço de cirurgia plástica “Lineu Mattos Silveira” do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, PUC-SP. Todos os pacientes foram submetidos à técnica de otoplastia por fixação. Resultados: Dos 47 pacientes, 22 eram homens e 25 eram mulheres e a distribuição de idade foi entre 12 e 45 anos. 31 pacientes eram crianças e 16 pacientes eram adultos. Cirurgia primária foi realizada em 89 orelhas de 45 pacientes (unilateral em 5 casos e bilateral em 42 casos). Cirurgia secundária foi realizada em 2 pacientes (unilateral em 2 casos). As complicações foram raras (6,59% das orelhas operadas), representadas por sangramento (2/91 orelhas), hematoma (3/91 orelhas), infecção de sítio cirurgico (1/91 orelhas) e deiscência de sutura (1/91 casos). Conclusões: Existem muitas técnicas descritas na literatura para o tratamento desta patologia. A confecção de pontos com moldagem da cartilagem auricular é uma das técnicas, persistindo há vários anos pela sua simplicidade e boa obtenção dos resultados. Este é um procedimento conservador, de fácil execução e relativamente livre de grandes complicações.