Aspectos histológicos e imuno-histoquímicos das biópsias de medula óssea avaliadas no período de 2011 a 2013 em dois laboratórios gerais de anatomia patológica: dificuldades, facilidades e conclusões
DOI:
https://doi.org/10.5327/Z1984-4840201726836Palavras-chave:
exame de medula óssea, biópsia por agulha, imuno-histoquímica, síndromes mielodisplásicas, leucemiaResumo
Objetivo: As biópsias de medula óssea ganharam importância e passaram a colaborar, efetivamente, com as punções nesse órgão realizadas pelos hematologistas, após a melhoria significativa do uso da imuno-histoquímica em material parafinado. Esse exame requer informações clínicas e discussão dos casos entre patologistas e hematologistas, uma vez que as doenças hematopoéticas são um desafio para o patologista geral. Material e Método: O presente trabalho estudou 190 resultados de exames imuno-histoquímicos e os diagnósticos histológicos de todas as biópsias de medula óssea de dois laboratórios de patologia geral de Sorocaba (SP), no período de 2011 a 2013. Resultados e Discussão: A distribuição das frequências dos diagnósticos encontrados segue os padrões da literatura. No entanto, a maior dificuldade para chegar a esses diagnósticos foi a falta de dados clínicos, como faixa etária, informações clínicas/laboratoriais e hipóteses diagnósticas, que deveriam constar nas solicitações de exames e contribuiriam com a análise do médico patologista. O uso da imuno-histoquímica se confirmou como principal fator facilitador, imprescindível para o diagnóstico correto. A precisão do diagnóstico das doenças da medula óssea é importante para determinar o tratamento dos pacientes e para predizer fatores de melhor ou pior prognóstico. Conclusão: A associação entre o exame anatomopatológico e a imunohistoquímica, além dos dados clínicos e laboratoriais, deve estar presente na rotina de avaliação das biópsias de medula óssea.
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