Endocardite bacteriana em paciente com diabetes mellitus tipo 2

Autores

  • Alcinda Aranha Nigri Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Ieside Arruda Valadares Chamon Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Ana Cristina Pithon Curi Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Luis Fernando Aguiar de Paula Filho Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Luis Mauricio Batalin Junior Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Jacqueline Akemi Nishio Juhasz Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Emanuelle Barbara Dias Tomaz Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Fernando de Oliveira Barros Médico, Hospital Santa Lucinda

Palavras-chave:

endocardite bacteriana, diabetes mellitus tipo 2, antibioticoterapia, sepse

Resumo

Introdução: A endocardite infecciosa é uma infecção microbiana da superfície do endocárdio. Acomete sobretudo valvas cardíacas, em geral, a mitral. Etiologias comuns são: uso de drogas injetáveis, infecção oral, hemodiálise a longo prazo e diabetes mellitus (DM). O diagnóstico é realizado por meio dos Critérios de Duke. Objetivos: Relatar caso de endocardite de paciente do Hospital Santa Lucinda (HSL). Metodologia: As informações foram obtidas pelo exame clínico, prontuário da paciente, relato da equipe médica e revisão de literatura. Relato de Caso: Paciente L.F.P.L., F., 54 anos, DM tipo 2, hipertensa, com insuficiência renal crônica não-dialítica, com úlceras de membros inferiores (MMII). Foi realizado debridamento e uso de antibiótico (ATB). Posteriormente, procurou hospital com queixa de dispneia. Diagnosticada com pneumonia (sic), usou ATB. A posteriori, apresentou anasarca e febre. Não houve leucocitose provavelmente devido ao uso de ATB. Constatou-se sopro mitral; no ecocardiograma: insuficiência mitral e tricúspide e vegetação em valva mitral, indicando endocardite infecciosa. Encaminhada ao HSL para cirurgia, apresentou na admissão: derrame pleural, hemo- e leucograma (LEU) sem alterações, ureia 142, glicose 256 (mg/dL) e albumina 2,6 (g/dL). Após 6 dias, foi inserida a prótese biomitral e cerclagem de valva tricúspide. Realizou-se transfusões sanguíneas pós-cirúrgicas. Manifestou parada cardiorrespiratória (PCR), realizada ressuscitação cardiopulmonar. Após 10 dias, apresentou arritmia, PCR, sepse e foi a óbito. Conclusões: O manejo adequado do DM pode evitar complicações, como úlceras de MMII, evitando, consequentemente, a disseminação via hematogênica e o quadro de endocardite. Deve-se considerar o uso prévio de ATB ao se analisar o LEU do paciente.

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Publicado

2016-10-07

Como Citar

1.
Nigri AA, Chamon IAV, Curi ACP, Paula Filho LFA de, Batalin Junior LM, Juhasz JAN, Tomaz EBD, Barros F de O. Endocardite bacteriana em paciente com diabetes mellitus tipo 2. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 7º de outubro de 2016 [citado 18º de abril de 2024];18(Supl.):49. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29771