Escabiose em recém-nascido

Autores

  • Izilda das Eiras Tâmega Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Raquel Rebouças de Biasi Dias Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Mariana Fidelis Solla Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Gabriela Moreira de Toledo Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Bárbara Saragiotto Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • karine Guimarães Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • katia Scaganatta Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Jaqueline Alves Rena Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP

Palavras-chave:

dermatose, eritema máculo-papular, escabiose

Resumo

Introdução: A escabiose consiste em uma doença contagiosa causada pelo ácaro Sarcoptes scabie, parasita exclusivo da pele humana, transmitida pelo contato direto com pessoa infectada. Pode ocorrer em qualquer faixa etária, independente do sexo, etnia ou hábitos de higiene, sendo diagnosticada com base na história de coceira noturna, associada a lesões cutâneas. Em geral, há mais de um caso na mesma residência. Apresenta diversos diagnósticos diferenciais por ser essencialmente uma dermatite. Objetivo: Alertar para possibilidade de escabiose na comunidade. Metodologia: As informações contidas nesse relato foram obtidas por meio de consultas médicas, registros fotográficos, evolução, hipóteses diagnósticas e revisão de literatura. Relato de Caso: E.T.L.T, sexo feminino. Aos 21 dias de vida, mãe relata vermelhidão nas costas da paciente e ao exame físico observa-se eritema máculo papular na região de transição parieto-occipital do crânio. A conduta baseia-se em orientação quanto à lavagem de roupa de cama com sabão de coco, remoção de xampu e talco e observação do rash cutâneo. Treze dias depois, mãe refere piora das manchas vermelhas e aparecimento de lesões em tórax anterior e posterior, pescoço e face. Relata ainda, ter cachorro em casa e lesões semelhantes em seu próprio tórax e mamas antes mesmo de a criança nascer. A orientação foi mantida, além de ser receitado enxofre precipitado a 10% para a mãe e a 5% para a criança. Após cinco dias de tratamento, as manchas regrediram e a paciente voltou a ser amamentada. Conclusão: A escabiose continua a ser uma dermatose frequente, cujo tratamento em idade pediátrica se restringe aos “steps” para o diagnóstico correto, desinfecção dos fômites e uso de um bom escabicida, tanto para a criança quanto para seus cuidadores.

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Publicado

2016-10-07

Como Citar

1.
Tâmega I das E, Dias RR de B, Solla MF, Toledo GM de, Saragiotto B, Guimarães karine, Scaganatta katia, Rena JA. Escabiose em recém-nascido. Rev. Fac. Ciênc. Méd. Sorocaba [Internet]. 7º de outubro de 2016 [citado 4º de dezembro de 2024];18(Supl.):62. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29818