Prevalência de síndrome metabólica em pacientes curados de câncer pediátrico

Autores

  • Marcelo Gil Cliquet Docente, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Thiago Cardona Felipe Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Marina Mayumi Murazawa Acadêmico, Medicina, FCMS/PUC-SP
  • Gustavo Ribeiro Neves

Palavras-chave:

câncer infantil, síndrome metabólica, glicemia, HDL, quimioterapia, radioterapia

Resumo

O Câncer atinge cerca de doze mil crianças por ano no Brasil. Parte delas, quando submetida a tratamento, tende a possuir maiores chances de desenvolver Síndrome Metabólica. Introdução: As crianças e adolescentes tratadas de câncer tendem a desenvolver a síndrome metabólica devido a alterações que os radioterápicos e quimioterápicos propiciam. Essas disfunções acometem os tecidos: adiposo, osteomuscular, endotelial; o trato gastrointestinal e o fígado. Objetivos: Analisar a prevalência de síndrome metabólica em crianças curadas de câncer e comparar as variáveis estudadas. Materiais e Métodos: Avaliamos trinta e oito pacientes do Hospital GPACI que tenham terminado o tratamento de câncer há, no mínimo, cinco anos. Foram investigadas variáveis como: glicemia, pressão arterial, circunferência abdominal, HDL, triglicerídeos, tipo de câncer, tipo de tratamento e histórico familiar. Como grupo controle, utilizamos 20 irmãos dos pacientes analisados sob os mesmos parâmetros. Resultados: Sobreviventes tiveram maior chance de desenvolver síndrome metabólica (RR 2,1 Mid-p 0,27). Tanto no grupo controle quanto no grupo de curados, o HDL foi o índice que teve mais alterações, estando abaixo ou igual a 45mg/dL em 46% dos voluntários. Comparando o grupo estudado com o grupo controle, a circunferência abdominal foi o fator de maior relevância (RR 5,2 Mid-p 0,02). Discussão: Contrastamos a prevalência de síndrome metabólica encontrada nos curados de câncer tanto com seus irmãos quanto com crianças e adolescentes dos Estados Unidos da América. Em ambas comparações, a prevalência no grupo estudado foi maior, o que é semelhante a outras pesquisas realizadas. Conclusão: A circunferência abdominal foi o fator que apresentou significância estatística e maior risco de acometer os sobreviventes de câncer infantil. Diferentemente de outros estudos, os outros índices não tiveram significância estatística, provavelmente pelo tamanho da amostra.

Publicado

2016-10-07

Como Citar

Cliquet, M. G., Felipe, T. C., Murazawa, M. M., & Neves, G. R. (2016). Prevalência de síndrome metabólica em pacientes curados de câncer pediátrico. Revista Da Faculdade De Ciências Médicas De Sorocaba, 18(Supl.), 73. Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29829