Perfil de pessoas com síndrome de apneia obstrutiva do sono que realizam tratamento com aparelho de pressão positiva nas vias aéreas
DOI:
https://doi.org/10.23925/1984-1840.2024v26a35Palavras-chave:
Transtornos do Sono-Vigília, Apneia, Polissonografia, Respiração Com Pressão PositivaResumo
Objetivo: identificar o perfil de pessoas com Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) que realizam tratamento com pressão positiva contínua nas vias aéreas. Métodos: esta pesquisa tem um caráter quantitativo e descritivo-correlacional. Participaram 50 indivíduos com diagnóstico positivo, acima de 18 anos de idade, de ambos os sexos. O instrumento de coleta utilizado foi um questionário estruturado. Resultados: observou-se que, quanto maior a idade, maior a probabilidade de um indivíduo apresentar a síndrome. A média do índice de massa corporal (IMC) foi de 31, classificada como grau de obesidade. Quanto ao gênero, 30 (60%) eram do sexo masculino; 27 (54%) não fumavam; 19 (38%) realizavam exercícios três vezes por semana, enquanto 20 (40%) nunca realizavam exercícios. Além disso, 22 indivíduos (44%) faziam ingestão de álcool uma vez por semana. Foram identificados de cinco a dez sintomas de SAOS em 30 participantes, e todos relataram ronco. A hipertensão foi a maior comorbidade relatada, com 39 (58%) casos, seguida de obesidade com 27 (57%) e doenças cardíacas com 19 (38%). A dificuldade para chegar ao diagnóstico de SAOS foi relatada por 25 (50%) participantes, enquanto os outros 25 (50%) disseram não ter dificuldades para o diagnóstico. Quanto ao tratamento com CPAP, a maioria das indicações foi feita por médicos, com 41 (82%) casos, seguida de 6 (12%) realizadas por fisioterapeutas, 1 (2%) por familiares e 2 (4%) por amigos. Conclusão: os resultados apontam dificuldades no diagnóstico em 50% dos casos e elenca as comorbidades nos pacientes com diagnóstico e tratamento, facilitando...
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