A Gestão de Pessoas e as Ciências Humanas – discussão conceitual entre projeto de modernidade e “jeitinho brasileiro”

Autores

  • Pedro Luiz Ribeiro de Santi ESPM

DOI:

https://doi.org/10.20503/recape.v8i2.36497

Palavras-chave:

Ciências Humanas, Administração, sujeito moderno, jeitinho brasileiro

Resumo

As relações de conflito e colaboração entre a área de Gestão de Pessoas e as Ciências Humanas representam o tema básico deste artigo. As Ciências Humanas se apresentam como fornecedoras de tecnologia de intervenção (treinamento, seleção, etnografia, teoria sobre liderança, coaching) mas também, em sua tradição mais profunda, como ambiente reflexivo e crítico sobre a própria natureza da ação humana. O Objetivo deste artigo é mostrar como na tradição da Modernidade e na própria história das teorias da administração, o Homem é o sujeito do conhecimento, mas é também seu objeto. A expressão “recursos humanos” captura de forma privilegiada esta dimensão: a dimensão humana é tomada como custo ou matéria prima a ser gerida. Em resistência a esta objetificação, infiltra-se uma posição de pessoalidade, na qual as relações pessoais se sobrepõem às profissionais, como no clássico “jeitinho brasileiro”. Como conclusão, quanto à tensa relação entre Ciências Humanas e Gestão de Pessoas, apresentamos caminhos para o resgate da reflexão ética sobre a implicação do Homem no ambiente organizacional.

Biografia do Autor

Pedro Luiz Ribeiro de Santi, ESPM

Psicanalista. Professro e Líder da área de Humandades e Direito da ESPM. Professor da Especializaçãso em Teoria Psicanalítica, COGEAE PUC-SP.

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Publicado

2018-05-02

Edição

Seção

Artigos