Editorial - Fatores de Exclusão

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DOI:

https://doi.org/10.23925/recape.v12i1.56905

Resumo

Projeções profissionais individualizadas ou planos de carreiras organizacionais reconhecem a existência de processos – operacionais ou estuturais – discriminatórios. A evolução da carreira é, muitas vezes, marcada por situações de exclusão construídos por obstáculos que inibem ascensão, tanto aos núcleos decisörios, como atingem a equidade de oportunidades. E, ambos, de forma bem notória.

Cenários de exclusão são, de fato, diferenciados. Mas, complementares. O primeiro destes cenários, o mais significativo, envolve o fator gênero. Práticas discriminatórias, em especial em relação à mulher, mas não só, não aparecem apenas em relação à subrepresentação no nível hierárquico da organização. Também, as áreas de maior perspectiva, como as de digitalização das cadeias de valor, são de amplo domínio masculino. Esse domínio aparece também nas redes de relacionamento para novas oportunidades de trabalho. Sem esquecer, com certeza, a questão maternidade. Outros fatores de exclusão também mereceram atenção da pesquisa acadêmica: o formato das avaliações de desempenho, inclusive no setor público, o perfil das práticas e políticas de RH e, até mesmo questões de valores e de origem de formação.

Neste contexto, reconhecendo primeiro os limites para compreender o complexo mundo dos cenários de discriminação e, levando-se em conta as diferentes possibilidades para que a pesquisa acadêmica enfrente o tema, a difícil realidade que envolve os fatores de exclusão no desenvolvimento das carreiras se transformou no eixo temático dos artigos que compõem o primeiro número do Volume 12 da Revista de Carreira e Pessoas.

Publicado

2022-01-03

Edição

Seção

Editorial