CONTRIBUIÇÕES DOS MOTIVADORES DE RH NA GESTÃO E RETENÇÃO DE TALENTOS: UM ESTUDO SOBRE JOVENS ENGENHEIROS NA ALCOA

Autores

  • Elisa Crestana Walker FIA
  • Marcos Aurélio de Araujo Ferreira UNIVERSIDADE ANHEMBI-MORUMBI

DOI:

https://doi.org/10.20503/recape.v2i1.9338

Resumo

Com a expansão da economia observada no Brasil na última década, as organizações passaram a se preocupar com sua competitividade e crescimento no mercado. Some-se a este fator de expansão a limitação de recursos humanos com sólida formação e potencial para agregação de valor à estratégia e temos o cenário do que Michaels & Handfield-Jones (2001) denominaram de "The War for Talent". No Brasil, segundo pesquisas do CNI (2010), 69% das indústrias enfrentam dificuldades com a falta de trabalhadores qualificados, configurando uma competição por talentos devido ao impacto da escassez de profissionais com formação técnica, principalmente engenharia, para enfrentarem e superarem os desafios organizacionais contemporâneos. Agrava-se a situação ao considerarmos o aquecimento da economia com o menor sentimento de vinculo à organização, aumentam os desafios em atrair, desenvolver, gerenciar e reter talentos. Neste contexto destaca-se a importância das empresas perceberem este movimento e entender quais motivadores são relevantes para engajar e reter talentos. Este artigo teve por objetivo identificar os motivadores que influenciam a gestão e retenção de talentos em um estudo de caso na Alcoa, que segundo Yin (2010) é o método indicado quando se necessita de respostas do tipo “como” e “por que”, pois favorece o uso de experimentos, pesquisas históricas e estudos de caso. No presente estudo, as perguntas “por que” e “como” referem-se à contribuição de práticas e políticas de RH na retenção de talentos. Para tanto, trabalhou-se com a combinação de questionários aplicados a 46 (33 homens e 13 mulheres) reconhecidos como talentos para a Alcoa, assim como de análise de práticas de RH no desenvolvimento específico destes talentos e em entrevista em profundidade com a Diretora de RH da organização. Verificou-se ao final da pesquisa que a definição de talentos, a exemplo da bibliografia disponível, é ampla, logo, também gestão de talentos precisa ser melhor estudada. Finalmente, que os motivadores financeiros podem ser eficientes na atração, contudo são aqueles associados à gestão de pessoas, à cultura e à imagem da organização que fortalecem o sentimento de pertencimento, elevando a efetividade no desenvolvimento e retenção daqueles considerados talentos. Tal conclusão reforça a teoria de Dewhurst, Guthridge e Mohr (2009), que salienta que alguns motivadores não financeiros são mais efetivos na construção de um relacionamento de longo prazo entre a organização e os profissionais, do que os motivadores financeiros.

Biografia do Autor

Elisa Crestana Walker, FIA

Profissional de Recursos Humanos, atualmente trabalha com Gestão de Talentos e Desempenho na Alcoa S.A. Formada em Comunicação Social pela ESPM, com pós graduação em Gestão de Negócios pela FGV e MBA em Recursos Humanos pela FIA.

Marcos Aurélio de Araujo Ferreira, UNIVERSIDADE ANHEMBI-MORUMBI

Professor de TI da Universidade Anhembi-Morumbi nos cursos de Graduação em Administração e Pós-Graduação em Negócios e Gestão de Pessoas. Pesquisador e Consultor em Estratégia de Recursos Humanos; Coaching e Mentoring; Processo Sucessório. Formado em Administração de Empresas e Especialista em Finanças pela Unisinos (RGS); MBA em Negócios pela BSP e Univ. de Toronto; Mestre e Doutorando em Administração.

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Publicado

2012-04-27

Edição

Seção

Artigos