Dossiê: Movimento Estudantil e a defesa da democracia – história e luta
O vigoroso movimento estudantil brasileiro, com sua agitação e organização, tem sido historicamente responsável por colocar e manter na ordem do dia temas relevantes, que tocam à realidade social dos estudantes, mas também da população oprimida.
Lutando principalmente pela causa educação, mas não só por ela, o movimento estudantil tem funcionado como catalisador dos movimentos sociais, o impulso que leva as multidões às ruas.
Historicamente várias são as pautas do movimento estudantil: do acesso ao ensino superior, à permanência na universidade, do direito a meia entrada, da defesa da universidade e sua autonomia, à derrubada da ditadura militar, atualmente, o mote da luta se consolida nas palavras de ordem “Vida, Pão, Vacina e Educação”, entoadas em coro no último ano, e que exprimem as necessidades e dores do nosso Brasil em 2021.
As lutas são gigantescas, e a cada geração que passa pelas fileiras do movimento estudantil há a renovação das lutas e também a continuidade do compromisso de lutar para que não retrocedamos nos direitos conquistados, e que que resguardam o valor da dignidade humana.
A PUC-SP, e o seu efervecente movimento estudantil constituem parte significativa desse movimento de resistência em defesa do estado democrático, consolidam uma tradição que é reconhecida por vários segmentos da sociedade brasileira, como uma universidade que sempre foi e continua sendo referência na luta em defesa da democracia por meio do movimento estudantil – tradição se renova com força no atual momento histórico e político pelo qual passa o Brasil.
A União Nacional dos Estudante (UNE) e seus mais de 80 anos de histórias desenhados em campanhas como “O petróleo é nosso”, “Diretas Já” e a constante defesa da universidade brasileira e a educação pública é a maior expressão do movimento estudantil organizado em torno desta grande instituição que cotidianamente constrói a democracia brasileira e por isso mesmo tem sido alvo de frequentes ataques por parte do desgoverno Bolsonaro.
A UBES, ANPG, centros acadêmicos, diretórios acadêmicos, Associação de pós-graduandos, executivas de cursos, coletivos estudantis também formam este grande corpo diverso e múltiplo que é o movimento estudantil brasileiro.
A APG PUC-SP por meio de sua revista acadêmica, decidiu privilegiar o tema dos movimentos estudantis nesse momento histórico e dar enfoque como seu primeiro dossiê temático ‘o movimento estudantil e a defesa da democracia brasileira’. Por entendermos que o atual momento expressa um dos maiores desafios da nossa jovem democracia e observarmos que os estudantes e a educação brasileira tem sido os alvos preferencias do atual governo. Seja por meio dos cortes orçamentários, a autonomia universitária e os covardes ataques virtuais.
Faz-se necessário destacar que a (re)organização desta revista é fruto do movimento estudantil de pós-graduação. E que do encontro e esforços coletivos dos/as pós-graduandos/as da PUC-SP a APG pode ser reativada e muitos debates, assembleias e discussões acolhidas e ampliadas.
Serão selecionados até 10 (dez) artigos para publicação. Os textos a serem submetidos devem estar em conformidade com todas as normas da Revista, disponíveis em Diretrizes para Autores, inclusive quanto ao uso da norma culta da Língua.
A submissão de trabalhos deverá ser feita na plataforma de submissão da Revista da APG até o dia 30 de novembro de 2021.